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Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Locomotiva, em parceria com o grupo Bradesco Seguros, mostrou um descaso dos brasileiros quanto à prevenção de problemas de saúde. A análise foi apresentada durante o último Fórum da Longevidade, realizado em São Paulo na última terça-feira (8/10).
Realizada no mês de março, a pesquisa contou com a participação de mais de mil voluntários, todos maiores de idade e de gêneros, idades e regiões diferentes. As perguntas foram respondidas por meio de um questionário on-line, utilizando um método chamado Indicador de Longevidade Pessoal (ILP). Como resultado, o estudo mostrou que somente 43% dos participantes realizavam exames preventivos e consultas de rotina.
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Entre os entrevistados, 50% revelaram procurar um médico apenas em último caso. “Mesmo com o envelhecimento da população a atenção para o que virá no fim da vida não aumenta. Isso acontece até na área médica, pois temos menos profissionais se especializando no setor”, declarou durante o evento Alexandre Kalache, médico-gerontólogo e presidente do Centro Internacional da Longevidade ILC-Brasil.
Saúde Suplementar
Dados de atendimentos na rede privada também reforçam a falta de cuidados preventivos da população. Em levantamento recente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostrou que em 2023 foram realizados, em média, 23,4 exames por beneficiário nos planos de saúde, o que representa um aumento de 5,1% em relação a 2022. Porém, mesmo com o crescimento observado no total de exames, ainda há redução na realização de avaliações médicas importantes para detecção precoce de enfermidades, como a citopatologia cérvico-vaginal em mulheres de 25 a 59 anos, utilizada para o rastreamento para câncer, (-11,9%), a mamografia (-3,2%) e a pesquisa de sangue oculto nas fezes (-12,5%), se comparado a 2019, ano anterior à pandemia de covid-19.