Os bastidores do encontro entre Jorginho e a bancada estadual do MDB

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Jorginho oficializou o convite ao MDB – Imagem: Secom

O café da manhã na Casa D’Agronômica entre o governador Jorginho Mello (PL) e a bancada estadual do MDB, que contou com a presença do presidente estadual licenciado do partido, deputado Carlos Chiodini, terminou com um convite, mas sem definições. De fato, conforme adiantado pela coluna, a secretaria oferecida por Jorginho aos emedebistas é a da Agricultura.

Ao fazer o convite, o governador deixou em aberto para o partido escolher o nome para ocupar o cargo; porém, há alguns dias ele fez um convite ao deputado estadual Antídio Lunelli para assumir a pasta.

Não é novidade na Assembleia Legislativa que Lunelli tenta, há tempos, aproximar o MDB dos braços de Jorginho. Relatos de conversas abertas do emedebista nos corredores indicam um Antídio interessado em uma aproximação com o bolsonarismo, chegando a dizer que o MDB tem perdido tempo. A questão é que, dentro do partido, o entendimento é de que Lunelli quer mais: deseja a aproximação para fortalecer seu projeto pessoal de ser o vice na chapa de Jorginho Mello em 2026.

A questão é como a militância emedebista entenderá o movimento, até porque, por mais que o partido em Santa Catarina, na maior parte do tempo, tenha se posicionado como centro-direita, dentro do bolsonarismo raiz há uma clara rejeição aos emedebistas. Os deputados ficaram de ter uma nova conversa. Em, no máximo, 10 dias, o governador deverá chamar o partido para mais uma reunião, que deverá ser definitiva. Uma fonte do MDB me disse que, antes de uma aproximação, será necessário detalhar de que forma a Agricultura será entregue: se apenas o cargo ou toda a estrutura.

Na avaliação do parlamentar com quem conversei, somente a cadeira de secretário não vale a pena, já que Jorginho deixou claro que não deseja ceder a Agricultura apenas pela governabilidade, mas também o apoio para 2026, com o MDB na vice.

Jorginho também tentou iniciar uma conversa sobre a presidência da Alesc. “Eu não sei o que vocês pensam em fazer na Alesc”, disse, porém os deputados não deram abertura para que a conversa continuasse, mantendo o que foi dito pelo presidente do parlamento, Mauro De Nadal (MDB), de que esse assunto cabe apenas aos 40 deputados.

Na sexta-feira, deve ser a vez do Progressistas ser chamado para uma conversa. O governador quer fortalecer a aproximação que já tem com o partido. Ele gosta do secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, mas quer saber se o partido deseja mantê-lo no cargo.

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