Pequenas produtoras geram oportunidade de negócio com inovação

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Foto: Freepik | Imagem gerada por IA

Cada vez mais conectados e atentos às tendências, micro e pequenos produtores rurais têm buscado capacitação e conhecimento técnico direcionado às áreas que ainda não dominam das etapas do empreender. De acordo com o Boletim Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro, elaborado  pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), dentre as observações, o crescimento da mão de obra no agronegócio foi impulsionado por trabalhadores com e sem carteira assinada que possuem nível educacional elevado, bem como por mulheres, no segundo trimestre de 2024.

Aliás, 19% das mulheres são proprietárias de estabelecimentos agropecuários e  947 mil responsáveis pela gestão de propriedades rurais, de um universo de 5,07 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Censo Agropecuário de 2017 que será atualizado em 2025. Mas é notório a alavancagem do protagonismo feminino no campo, nos últimos anos.

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Prova disso é Glenda Frade, sócia da pequena empresa “Do Rancho” na qual produz variedades de geleias, molhos e conservas, na zona rural do interior de Minas Gerais. A produtora conta que abriu o empreendimento há quatro anos, mas foi por meio da orientação realizada no projeto Origem Minas, desenvolvido pelo Sebrae, que conseguiu estruturar o negócio há cerca de dois anos, gerar visibilidade para a marca, conviver com outros produtores e aumentar o potencial de vendas de forma inteligente.

“Começamos bem pequenininhos e fomos conseguindo, pouco a pouco, espaço no cenário nacional. Antes, não tínhamos muita noção de como fazer crescer nosso negócio. O Sebrae nos trouxe ferramentas imprescindíveis para o controle financeiro, gestão de estoque e marketing. Foi a melhor escolha que fizemos”, ressalta Glenda. 

Outro exemplo é o da Helen Mattoso Barnabé, proprietária da Agroindustrial Agro, Empresa de Pequeno Porte (EPP) situada na zona rural de Curvelo (MG). A empreendedora também buscou o Sebrae e, por meio do programa ALI Rural, tem conseguido inovar e implementar melhorias em seu negócio. Sua propriedade é voltada para a produção de carvão vegetal de floresta plantada (eucalipto), além de criação de búfalos para a produção de leite e carne. Após as capacitações e acompanhamento em técnicas de inovação e desenvolvimento sustentável, a produtora investiu em equipamentos, controles operacionais e ampliou as áreas de produção e financeira.

De acordo com o Sebrae, pequenos produtores que fizeram parte do ALI Rural, entre setembro de 2022 e novembro de 2023, chegaram a 17% de faturamento em suas propriedades. Helen explica que antes do programa praticamente não tinha  relatórios para tomadas de decisão e controle de qualidade.

“Não existia uma programação para lançamento de produtos no mercado, cronograma de treinamento de pessoal, e sequer ferramentas para ampliarmos o número de clientes e medir o nível de satisfação dos deles”, lembra. Animada, a pequena empreendedora conta as conquistas após o direcionamento. “Instalamos a ordenha mecânica com segurança técnica e financeira e estamos a caminho da construção de um laticínio graças às ferramentas de gestão operacional e financeira disponibilizadas pelo Sebrae”, ressalta.

Histórias como as de Helen e Glenda, assim como as dicas recebidas por elas, estarão no Porteira Aberta Empreender, novo projeto do Canal Rural em parceria com o Sebrae.

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