MT: falta de manutenção e condições precárias da rede elétrica afetam produção da soja

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Foto: Leandro Andrade

A situação dos produtores de soja no Mato Grosso é preocupante. Fiações antigas, postes caídos e interrupções frequentes no fornecimento de energia geram insatisfação entre os sojicultores, que estão ainda mais preocupados com a chegada do período de chuvas.

Segundo a Aprosoja Mato Grosso, os problemas comprometem o funcionamento de equipamentos essenciais para a produção agrícola, como sistemas de irrigação e armazenagem, além de representar riscos para a segurança dos trabalhadores.

Muitos produtores, como Adalberto Grando, delegado coordenador da Aprosoja MT, relatam que a falta de resposta da concessionária de energia os obriga a contratar serviços particulares para evitar paralisações.

“Aqui, a oscilação é constante e causa queima de equipamentos. Quando o sistema de irrigação falha, precisamos correr atrás de peças para consertá-lo, e isso tem ocorrido com frequência”, explica Adalberto.

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Em busca de soluções

Com a insatisfação com o fornecimento de energia elétrica no estado, a Aprosoja MT se reuniu com a Energisa para discutir a urgência de melhorias na infraestrutura elétrica do estado. A situação atual, marcada por fiações antigas e interrupções frequentes, tem causado sérios impactos na produção agrícola, e os produtores estão em busca de soluções que garantam um fornecimento mais confiável e eficiente.

Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja MT, enfatiza a necessidade de adequar a infraestrutura energética ao avanço tecnológico que ocorre no campo. “Mato Grosso está em expansão, mas a rede de energia não acompanha esse crescimento. Precisamos de maior capacidade e de manutenção adequada. A falta de energia afeta armazéns, sistemas de irrigação e o desenvolvimento sustentável das fazendas”, destaca. Para ele, é fundamental que a energia elétrica se torne um suporte robusto para o crescimento do agronegócio, e não um obstáculo.

Os problemas no fornecimento de energia vão além da irrigação. Eles afetam também o trabalho administrativo e o tratamento de sementes, comprometendo diretamente o plantio. “O serviço energético é de péssima qualidade e vergonhoso”, critica Bertuol, refletindo a frustração de muitos produtores que enfrentam essas dificuldades diariamente.

Luiz Pedro Bier, vice-presidente da Aprosoja MT, acrescenta que a má qualidade na distribuição de energia também prejudica a instalação de novas empresas no agronegócio. Ele alerta que regiões como a Gaúcha do Norte enfrentam dificuldades devido à insuficiência de energia, o que inviabiliza novos investimentos e limita o potencial de crescimento econômico na área.

Na reunião, os representantes da Energisa se comprometeram a buscar soluções rápidas para minimizar os prejuízos dos produtores. Eles também anunciaram a realização de um estudo para identificar os pontos que mais necessitam de melhorias na oferta de energia elétrica, com a expectativa de que as ações propostas tragam resultados concretos.

Diego Dallasta, vice-presidente leste da Aprosoja-MT, destaca as dificuldades enfrentadas pelos produtores: “Constantes quedas de energia e oscilações que causam queima de aparelhos.” Ele ressalta a importância de expandir a capacidade para armazéns e irrigação, acelerar a aprovação de projetos e melhorar o tempo de execução das obras.

Fonte: Aprosoja Mato Grosso.

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