A alta nos preços de frutas cítricas, como limão, tangerina e laranja, tem gerado preocupação em todo o Brasil, impulsionada por condições climáticas adversas e a presença de pragas em regiões produtoras. Contudo, a Bahia se destaca como um polo emergente na citricultura, beneficiada por um cenário favorável que inclui a sanidade dos pomares, clima propício e qualidade superior dos frutos.

Entre 2021 e 2023, a produção baiana de laranja aumentou de 594 mil para 610 mil toneladas, enquanto o limão teve um crescimento de 72 mil para 80 mil toneladas. Esse avanço é atribuído à ausência de pragas como o greening, que afetam negativamente outras regiões, e às condições climáticas favoráveis, com altas temperaturas e boa disponibilidade de água.

Além disso, as laranjas da Bahia apresentam um teor de açúcar elevado, o que as torna atraentes tanto para o consumo in natura quanto para a indústria de sucos, que valoriza frutos com maior grau Brix. O estado oferece um ambiente seguro e produtivo para novos investimentos, com incentivos governamentais e um mercado consumidor em expansão.

Por outro lado, a escassez de chuvas em São Paulo contribuiu para a elevação de 30,4% no preço do limão e 10% na laranja-pêra entre agosto e setembro deste ano, ressaltando a importância da Bahia como alternativa para o abastecimento do mercado brasileiro. Essa combinação de fatores posiciona a Bahia como uma opção promissora para a citricultura no Brasil.