Reuniões do FMI e Banco Mundial debatem economia e clima global

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Depois de uma semana marcada por medidas de estímulo na China e dados de inflação na Zona do Euro, as atenções de investidores de todo o mundo estarão voltadas para as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Os encontros ocorrem entre os dias 21 e 26 de outubro, em Washington, capital dos Estados Unidos. O evento reúne presidentes de bancos centrais, ministros das finanças, executivos do setor privado e acadêmicos para debater questões globais, como desenvolvimento econômico, combate à pobreza e eficácia da ajuda internacional.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participa das reuniões, com destaque para o lançamento da Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica. A iniciativa, que visa atrair investimentos internacionais em economia verde, será lançada na quarta-feira (23). Haddad também anunciará novos financiamentos para projetos de enfrentamento às mudanças climáticas.

Paralelamente às reuniões do FMI e do Banco Mundial, ocorre a quarta reunião de ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20. Esta será a última reunião do G20 antes da cúpula em novembro, no Rio de Janeiro, quando o Brasil passará a presidência do grupo para a África do Sul.

Economia fragilizada e seus riscos

Na semana passada, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, apelou por unidade em meio ao atual cenário geopolítico. Durante discurso, ela destacou os avanços no controle da inflação, mas alertou para os riscos de uma economia global fragilizada.

Ela destacou o papel da política monetária e das cadeias de suprimentos na recuperação da economia. “A grande onda inflacionária mundial está em retirada”, afirmou. No entanto, Georgieva enfatizou que os preços elevados, que afetam principalmente os países mais pobres, continuam sendo uma preocupação.

Aperto monetário para evitar crises inflacionárias

Outro destaque das reuniões é um estudo do FMI sobre os bancos centrais, que sugere ajustes nas políticas monetárias para prevenir novas crises inflacionárias. O documento, publicado em 16 de outubro, recomenda que as autoridades aprimorem seus modelos de monitoramento e coletem dados mais frequentes e detalhados, considerando gargalos setoriais e restrições de oferta.

O documento é parte do relatório de Perspectiva Econômica Mundial (WEO) e será debatido durante as reuniões em Washington. O estudo indica que países como Brasil, Chile e México, que aumentaram os juros mais cedo, foram eficazes no combate à inflação.

Entretanto, o alerta fica por conta de apertos monetários excessivos, que podem causar retração econômica severa. A sugestão neste caso é que os bancos centrais adotem cláusulas de flexibilidade em suas políticas.

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