Vacina da Covid-19: governo Lula diz que iniciou distribuição de 1,2 milhão de doses

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O Ministério da Saúde assegurou nesta quinta-feira (24/10) que começou a distribuir cerca de 1,2 milhão de doses de vacina contra a Covid-19. Os estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco foram os primeiros a receber os novos lotes de imunizantes. A pasta espera que até o final da semana todos os demais estados também sejam contemplados.

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De acordo com o Ministério da Saúde, um novo pregão foi realizado recentemente para a compra de 69 milhões de doses de vacina. Com a aquisição, a pasta diz que espera garantir a proteção contra cepas atualizadas pelos próximos dois anos. “As entregas pelos fabricantes serão realizadas de forma parcelada, conforme a adesão da população e as atualizações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, diz a Saúde em comunicado.

“A cobertura vacinal contra a Covid-19 indica que 86% da população brasileira completou o esquema primário, com duas doses. Atualmente, a imunização é recomendada, rotineiramente, para o público prioritário: pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças, entre outros”, afirma o Ministério da Saúde. A pasta reforça, ainda, que a imunização também é indicada para a população que não completou o esquema primário, de duas doses.

Desabastecimento de vacinas contra a Covid-19

Em comunicado, o Ministério da Saúde negou que haja “falta generalizada” de vacinas no Brasil. Segundo a pasta, houve um desabastecimento momentâneo dos imunizantes contra a Covid-19 entre os dias 16 e 22 de outubro, em razão do vencimento dos lotes.

Segundo a Saúde, em 2023, quando a nova gestão assumiu, havia desabastecimento generalizado de vacinas como a Covid pediátrica (pfizer e coronavac), BCG (tuberculose), Hepatite-B, Poliomielite oral, e Tríplice Viral (Sarampo, rubéola e Caxumba).

“Para garantir a vacinação de nossas crianças, algumas vacinas como a Meningo-C e a DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche) puderam ser substituídas por outras vacinas, como a Pentavalente e a Meningo- ACWY, respectivamente. Em relação à vacina contra Varicela, foi feita aquisição emergencial de 2,7 milhões de doses e a previsão é que as primeiras remessas cheguem em novembro. Paralelamente, está em curso processo de compra regular. No caso das vacinas contra Febre Amarela, 6,5 milhões de doses devem chegar em novembro”, afirma o Ministério em nota.

O comunicado do Ministério da Saúde se deu após uma reportagem da Folha de S. Paulo indicar que o governo ficou sem doses de vacina da Covid-19 para repasse imediato, após o vencimento de aproximadamente 1/3 do lote — correspondente às 12,5 milhões de doses – de imunizantes da farmacêutica Moderna. De acordo com a reportagem, este lote vencido ou que precisaria ser trocado corresponde a quase 4,2 milhões de doses de vacinas.

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Em estudo publicado em setembro e realizado entre os dias 2 e 11 do mesmo mês, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou que faltavam vacinas em seis a cada dez municípios, considerando 2.415 cidades do país.

Dados da pesquisa da CNM apontam que 64,7% dos municípios relataram falta de vacinas para imunizar, principalmente as crianças, devido à não distribuição pelo Ministério da Saúde. A vacina contra a varicela foi a que apresentou maior desabastecimento, sendo faltante em 1.210 municípios.

Já a vacina contra a Covid-19 foi a segunda mais em falta entre as cidades. De acordo com o estudo, cerca de 770 municípios relataram escassez de imunizantes contra a doença. O terceiro imunizante mais em falta foi a Meningocócica C, que protege contra infecções graves e fatais, como a meningite, e que, segundo o estudo, estaria indisponível em 546 cidades.

O estudo apontou que a média de dias sem imunizantes nos municípios é de 30 dias. Em outros, a espera pelas doses de vacinas chega a ser superior a 90 dias. “A CNM, preocupada com a proteção da população brasileira, alerta que é grave a falta de vacinas nos municípios e há uma urgência de o Ministério da Saúde disponibilizar os imunizantes para vacinar as crianças e suas famílias”, afirmou a entidade ao final do estudo.

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