Resultado das eleições em São Paulo: Ricardo Nunes é reeleito no segundo turno

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito neste domingo (27/10) para mais um mandato à frente do Executivo da capital paulista. Com 89,78% das urnas apuradas, Nunes está matematicamente eleito, com 59,56% dos votos. Ele derrotou o candidato do PSol, Guilherme Boulos, que até o momento soma 40,44% dos votos.

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Nunes e Boulos foram para o segundo turno com uma diferença de apenas 25 mil votos. O atual prefeito somou 29,48% dos votos válidos, enquanto o psolista teve 29,07%. Em terceiro lugar no primeiro turno ficou o candidato do PRTB, Pablo Marçal, com 28,1%. No período que antecedeu o pleito deste domingo, as pesquisas de intenção de voto mostravam maior possibilidade de Nunes herdar os votos de Marçal do que Boulos.

Ambos os candidatos têm mais afinidade com o eleitor à direita e, inicialmente, reivindicavam o ex-presidente Jair Bolsonaro como padrinho político. Embora tenha tido uma participação tímida na campanha, Bolsonaro apoiou formalmente a candidatura de Nunes e foi responsável pela indicação do vice na chapa, o coronel Mello Araújo. Era esperado uma maior participação do ex-presidente, mas nas últimas três semanas, Bolsonaro participou apenas de um almoço, um jantar e um culto, em sua passagem pela capital paulista no dia 22, a cinco dias das eleições.

O presidente Lula, que era esperado pela campanha de Boulos para fortalecer o candidato, também teve uma participação discreta na busca por votos para o psolista. Dois imprevistos fizeram o petista cancelar agendas com Boulos, um deles foi o alerta de fortes chuvas e o outro foi o acidente doméstico que o presidente sofreu e o impediu de voar de avião. Nos bastidores, falou-se sobre outras possibilidades de participação mais efetiva, que o presidente poderia ter feito e não fez, como lives com o candidato.

Entre uma ala de petistas, havia o temor de que a derrota de Boulos colasse na imagem do presidente, que, no fim do dia, também sai como gosto amargo das eleições municipais, acumulando fracassos em grandes cidades do país. E diferentemente do que se esperava, não foi o reflexo da polarização nacional, com Lula como padrinho de Boulos no outro espectro, que marcou o segundo turno da campanha, e sim um apagão cinco dias após o primeiro turno que deixou mais de 150 mil imóveis em São Paulo por mais de quatro dias.

A responsabilidade pelo apagão se tornou um jogo de empurra, com impacto principalmente na campanha de Nunes, mas sem alterar o favoritismo do incumbente. Nunes criticou a Agência Nacional de Energia Elétrica e o Ministério de Minas e Energia. Já o governo federal acusou Nunes de ser negligente com a poda de árvores na capital paulista. Boulos usou o apagão para criticar a gestão de Nunes e o “apagão” do adversário nos debates.

Diferentemente do primeiro turno, quando participou dos debates, Nunes se esquivou do embate direto com Boulos nas últimas três semanas. Cancelou a ida em ao menos três debates e deu espaço para Boulos chamá-lo de “fujão”. Ainda assim, Nunes manteve o favoritismo. O emedebista comanda a capital paulista desde maio de 2021, quando deixou o posto de vice para assumir o cargo, com a morte do então prefeito Bruno Covas (PSDB).

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