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A história do Halloween: da festa celta à popularização global
De acordo com o Professor Felipe Aquino, em artigo publicado no dia 23 de outubro de 2020, o Halloween é uma festa celta realizada no fim do ano, também chamada de festividade do sol, que começa na noite de 31 de outubro e marca o fim do verão e das colheitas.
No século VI a.C., os celtas do norte da Europa celebravam o fim de ano com a festa do “Samhein” (ou Samon), festividade do sol, iniciada na noite de 31 de outubro e que marcava o fim do verão e das colheitas. Eles acreditavam que, naquela noite, o deus da morte permitia aos mortos retornarem à terra, fomentando um ambiente de terror.
Segundo a religião celta, as almas de alguns defuntos estavam dentro de animais ferozes e podiam ser libertadas com sacrifícios de toda índole aos deuses, inclusive sacrifícios humanos. Uma forma de evitar a maldade dos espíritos malignos, fantasmas e outros monstros era se disfarçando para tentar se assemelhar a eles e, dessa maneira, passavam despercebidos ante seus olhares.
A influência do Halloween na sociedade
Neste artigo, ao contrário dos demais artigos que costumo escrever, vou mesclar as minhas exposições com a experiência de quem viu o Halloween se tornar parte de nossa cultura e contribuir para destruir a nossa fé.
Minhas primeiras lembranças sobre Halloween datam da década de 80 – até então nunca tinha ouvido falar dessa festa; na escola de inglês, as primeiras ilustrações com imagens de bruxas, caldeirões e outras começavam a aparecer. Para mim, que ainda vivia uma fé católica de IBGE, aquilo não fazia a menor diferença. E esse é o primeiro ponto que quero tratar.
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A indiferença e o perigo da festa de Halloween
Às vezes, por ignorância, tratamos muitos convites, festas, desenhos, filmes e outros tipos de eventos e entretenimentos como coisas sem importância, algo que “não cheira nem fede”, permitindo que, pouco a pouco, isso vá se infiltrando em nossa vida. Pensamos: “Por que me preocupar com isso? É só uma brincadeira”.
Não venho, agora, propor uma reflexão profunda sobre cada pequeno acontecimento do dia a dia, embora não seja errado fazê-lo. Venho, porém, alertá-lo, caro irmão, que hábitos prejudiciais à nossa saúde espiritual podem entrar em nossa vida de forma sorrateira.
Precisamos estar atentos às pequenas coisas
Lembremos que aquele que deseja perder a nossa alma possui uma inteligência angélica e é paciente, sabendo traçar estratégias de longo prazo para nos seduzir discretamente e ganhar nossa alma. Portanto, estejamos atentos às novidades que surgem em diversas áreas. Muitas vezes, elas parecem pequenas, inofensivas e até agradáveis, mas podem ter como motivação nos afastar de Deus.
Se queremos alcançar o céu — e nós queremos —, nada deve ser tratado com indiferença; tudo deve ser analisado à luz dos ensinamentos da Santa Igreja. A indiferença, muitas vezes, é o disfarce da ignorância revestida de orgulho. Cuidado!
O Halloween: uma festa que nos afasta de Deus?
Findado os elementos que queria tratar sobre a indiferença, convido-o para continuar “caminhando comigo” na década de 80. Agora, gostaria de chamar a atenção para um ponto importante que tem avançado sem que muitos percebam. O Halloween, que no início trazia imagens inofensivas, como bruxinhas sorridentes e caldeirõezinhos com cobras e lagartos, evoluiu para cenas cada vez mais grotescas.
Hoje, vemos representações de pessoas decapitadas, cabeças servidas à mesa e, em alguns lugares onde a “festa” acontece, há até simulações de bebidas que imitam sangue. Além disso, doces e guloseimas em forma de aracnídeos, dedos cortados e outras criações igualmente perturbadoras têm se tornado comuns.
O que nos eleva a Deus e nos santifica
Ora, se o bom senso, que deveria nos bastar para discernir, nos falha e impede de ver que o que é feio, desarmonioso e grotesco não nos faz bem, recorramos a São Boaventura para nos guiar: “Contemplava nas coisas belas o Belíssimo e, seguindo o rastro impresso nas criaturas, buscava por todo o lado o Dilecto” (1).
O Belíssimo é Deus, o Perfeitíssimo. Se o belo e o perfeito encontram sua realização máxima em Deus, onde encontram sua realização aquilo que é grosseiro e feio? Meus irmãos, não percamos mais tempo com o que não nos aproxima do céu, que não nos leva a Deus. Nem quero questionar para onde essas coisas grotescas nos conduzem; o que importa para mim, e creio que para você também, é saber se elas nos santificam. Se não, descartemo-las imediatamente.
O Halloween e a busca pela santidade
O resultado de sermos indiferentes às “novidades dos novos tempos” e de não usarmos o nosso intelecto para perceber a sutileza das manifestações contrárias a Deus e à nossa vida de santidade é permitir que esse neopaganismo entre em nossa vida e na vida daqueles por quem temos a responsabilidade de conduzir ao céu.
Coragem, irmão, não se preocupe com o que vão falar de você, porque você não entra nas “ondinhas da moda”, porque você “não se permite” flertar com o feio e com o grotesco.
Tome as rédeas da sua vida, a fim de entregá-la para Deus da melhor forma que você puder, pois, ao final, quando estiver diante do Justo Juiz, você será recompensado por suas obras; e qual recompensa você deseja receber: a felicidade eterna ou a perdição eterna? “Que seu sim seja sim, que seu não seja não”, como ensinou o nosso querido Padre Jonas.
Rezo por você!
Almir Rivas
Missionário da Comunidade Canção Nova
Referências bibliográficas
(1) Legenda maior, IX, 1: Fonti francescane, n. 1162 (Pádua 1982), p. 911.
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