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Parodiando o ranking da CBF, se houvessem duas divisões (A e B) na política catarinense envolvendo os partidos, o MDB estaria no Z4. O motivo: sua atuação nas eleições municipais deste ano. A descida na tabela começou em 2022, quando não apresentou nome para concorrer ao governo do Estado e seu candidato a senador ficou na quinta posição com 304.799 votos. O declínio continuou em 2024, quando não apresentou nomes para concorrer a prefeito em Florianópolis, Blumenau, Chapecó, São José e Criciúma. Em Joinville, Luiz Cláudio Gubert foi lançado sem a mínima chance de vitória (ficou em penúltimo lugar) e em Itajaí o jaraguaense Chiodini ficou em terceiro lugar. Nos grandes municípios, a única exceção foi Jaraguá do Sul.
Partido governista
O MDB tem vocação parlamentarista e não consegue apagar a imagem de partido governista. “Se hay govierno, estoy listo”. O “banda brasa” tem três ministros em Brasília e em Santa Catarina já tem um secretário estadual e está indicando mais dois. Em Joinville, os três vereadores (todos reeleitos) estão na bancada governista e lá permanecerão a partir de 2025. Só não tem secretaria porque Adriano Silva só governa com o seu partido (NOVO).
Projeto 2026
As negociações para formalmente ingressar no governo Jorginho Mello em troca de outras duas secretarias não incluiu o apoio à reeleição em 2026, afirma o colunista Marcelo Lula (SCempauta). Até os marinheiros filipinos de um navio que está atracado em São Francisco do Sul sabem que o MDB não terá (novamente) candidato a governador em 26. Estão esperando o quê para anunciar o apoio a Jorginho Mello? Até lá irão contribuir para melhorar a gestão nas áreas de suas secretarias e depois deixarão o governo (e os cargos) para apoiar o principal adversário do governador? São essas as alternativas? Jorginho Mello está aceitando trazer um cavalo de Tróia para dentro de seus muros? Se o MDB hoje está integrando um lado, por que ficar em dúvida sobre amanhã? O cenário indica uma franca polarização em 2026. Mesmo que a cúpula mude de lado, parcela considerável não o faria, provocando compulsoriamente uma comprometedora divisão interna, algo que não seria novidade no atual PMDB.
Projeto 2030
MDB só irá disputar o título em 2030 se estiver até lá com Jorginho Mello, preferencialmente indicando seu candidato a vice em 2026. Em caso de reeleição, apoiado pelo MDB, obviamente que o governador irá concorrer ao Senado e seu vice seria um nome forte na sucessão e ainda teria teria um partido com musculatura certamente adquirida nas eleições municipais de 2028. O PL concorda com o plano?