Soja: em dia de USDA e realizando lucros, Chicago recua; semana ainda é positiva

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Foto: Guilherme Soares/Canal Rural BA

Os contratos da soja em grão registram preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado realiza parte dos lucros acumulados ao longo da semana, após ter alcançado seu maior nível em quase um mês na sessão anterior, impulsionado pela recuperação nos mercados de óleo vegetal.

Até o momento, os contratos com vencimento em janeiro/25 ainda registram um ganho semanal de 2,7%.

De acordo com a Reuters, outro fator que influencia as cotações é a diminuição das preocupações de que uma guerra comercial com a China, desencadeada pelo novo presidente eleito Donald Trump, possa prejudicar as exportações agrícolas dos Estados Unidos. Traders apontam que as vendas provavelmente não serão afetadas até as colheitas do próximo verão e que os importadores podem, inclusive, aumentar as compras antes da posse de Trump em janeiro.

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Os investidores estão atentos à expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduza suas estimativas para a safra e os estoques finais de soja do ciclo 2024/25. O relatório mensal de oferta e demanda dos EUA e global será publicado nesta sexta-feira (08), às 14h.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 535 milhões de bushels em 2024/25. Em outubro, a previsão do USDA foi de 550 milhões.

Para a produção, o mercado espera um número de 4,553 bilhões de bushels para 2024/25. Em outubro, o Departamento apontou safra de 4,582 bilhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 134 milhões de toneladas. Em outubro, o número ficou em 134,7 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 112,3 milhões, levemente abaixo dos 112,4 milhões indicados no mês passado.

Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 operam cotados a US$ 10,20 1/4 por bushel, baixa de 6,00 centavos de dólar, ou 0,58%, em relação ao fechamento anterior.

Ontem (07), a soja fechou em forte alta, liderados pelos ganhos acima de 4% do óleo. Informações de menor produção de óleo de palma na Malásia e aquecimento na demanda por parte da Indonésia impulsionara as cotações do óleo. Além disso, há o sentimento de a vitória de Trump resultará em tarifas adicionais ao óleo recuperado da China, com maior procura doméstica nos Estados Unidos para fabricação de biodiesel.

A alta do óleo ajudou na recuperação do grão, também lastreada pela boa demanda por grãos americanos.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 22,50 centavos de dólar, ou 2,24%, a US$ 10,26 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 10,37 1/2 por bushel, com ganho de 22,75 centavos, ou 2,24%.

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