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No seu dia de maior destaque desde que assumiu a presidência nacional do partido NOVO em 2020, após a renúncia de João Amoedo, o desconhecido catarinense de Capinzal Eduardo Fernando Ribeiro (foto) foi entrevistado pela Folha de S. Paulo. Sobre a eleição de 2026, ele afirmou que “não vejo possibilidade” de apoiar à reeleição do governador Jorginho Mello e antecipa que seu partido pode ter o prefeito de Joinville como candidato a governador. Falar em partido NOVO em Santa Catarina significa falar de Joinville, onde Adriano Silva foi reeleito no primeiro turno com quase 250 mil votos. Aliás, com apenas duas vitórias para prefeito em pequenos municípios e segundo lugar em Blumenau, o NOVO em Santa Catarina e Joinville. Qualquer decisão sobre 2026 passa pelo seu prefeito,inclusive o futuro do partido na eleição de 2026.
NOVO e PL em lados separados
Em Joinville, onde está a arquidiocese do NOVO em Santa Catarina, a bancada de vereadores do PL e seu diretório são os maiores adversários (alguns consideram inimigos) do prefeito Adriano Silva. Independente de quem for o candidato a governador, jamais o prefeito e os vereadores do PL estarão no mesmo palanque. O clima entre o PL de Joinville o prefeito é tão conturbado que em recente evento (comemoração dos 25 anos do programa Encontro com a Imprensa na TVBE) Adriano Silva cumprimentou o vereador e presidente municipal do PL Maurício Peixer tão friamente quanto Lula recebeu Milei esta semana.
Pragmatismo
Em nota enviada à coluna sobre as declarações do presidente nacional, Adriano Silva não respondeu nem direta nem indiretamente. Em um texto longo, preferiu desconversar com colocações como “meu foco está em honrar os 244.321 votos…”. Como prefeito que precisa manter um relacionamento republicano com o governador, Adriano é pragmático. Afinal, ainda restam duas parcelas de R$ 4 milhões do Estado ao Hospital Municipal São José, além de outras obras em parceria. A política-partidária não pode atrapalhar os interesses de Joinville.
NOVO e PSD
A julgar pelas eleições municipais, o partido NOVO deverá estar ao lado do PSD em 2026. Além do acordo em Blumenau, onde o PSD apoiou Odir Tramontin, todas as principais lideranças estaduais do PSD estiveram em Joinville e assinaram um documento de apoio à reeleição de Adriano Silva. Na eleição para presidente da Assembleia Legislativa em 1º de fevereiro, o deputado joinvilense Matheus Cadorin (NOVO) já antecipou seu voto em favor de Júlio Garcia (PSD). “Acordo tem que ser cumprido”, observou.
A única dúvida
A única dúvida no NOVO em 2026 é exatamente o prefeito Adriano Silva. A coluna aposta em sua candidatura ao Senado da República, integrando uma coligação com o PSD, em apoio ao prefeito João Rodrigues para governador. Seis anos de governo são suficientes para um prefeito consolidar sua administração. No caso de Adriano, sua renúncia permitirá a continuação de seu “time” na prefeitura com a posse da vice Rejane Gambin, sua parceira desde o início da desacreditada campanha para prefeito em 2022. Não é por outra razão que nas placas das obras o nome da vice tem um destaque jamais visto em administrações anteriores. Aliás, desde Luiz Henrique e Violantino Rodrigues a prefeitura testemunhou tamanha aproximação entre o prefeito e vice.
Oito anos (ou mais) em Brasília
Nas entrevistas em que é perguntado sobre sua candidatura em 2026, Adriano Silva sempre cita sua família. Qual família iria rejeitar morar oito anos em Brasília, ou mais, possibilitando aos seus filhos pré-adolescentes as melhores escolas e as melhores universidades? Não é difícil imaginar que o candidato ao Senado Adriano Silva venha a sair de Joinville e região com uma diferença superior a 300 mil votos do terceiro colocado. Se ficar em segundo também estará eleito porque são duas cadeiras na disputa.
Entre em contato com o colunista Luiz Veríssimo pelo whastapp (47) 99964‑4082