ABPA critica protecionismo após fala de CEO do Carrefour

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fachada do Carrefour
Foto: reprodução de video

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reagiu a declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, sobre carnes produzidas nos países-membros do Mercosul. Em nota divulgada nas redes sociais, Bompard afirmou que as carnes desses países não respeitam os critérios e normas exigidos pelo mercado francês.

A ABPA classificou a declaração como infundada e argumentou que os produtos brasileiros atendem rigorosamente às exigências sanitárias dos países importadores. Segundo a entidade, as exportações brasileiras garantem alta qualidade e seguem as determinações das autoridades dos mercados de destino.

Para a associação, a manifestação do executivo reflete uma tentativa protecionista que prejudica o equilíbrio de mercado francês, impactando consumidores com preços mais altos e restringindo o acesso de classes menos favorecidas. “O protecionismo, além de injustificado, contraria princípios de sustentabilidade, promovendo maior emissão de gases e pressão inflacionária”, destacou a ABPA.

A entidade também criticou a posição do Carrefour, afirmando que, como uma organização global com forte presença no Brasil, a empresa deveria atuar com base nos princípios de competitividade e respeito ao livre mercado.

Posicionamento do Carrefour

Atendendo a pedido da reportagem, a companhia no Brasil retornou uma nota com o posicionamento do Carrefour França. O informe de dois parágrafos afirma que a medida anunciada pelo CEO local se aplica apenas às lojas daquele país. “Em nenhuma momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise”, diz a nota.

A empresa também informa que as unidades dos demais países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, não sofrerão alterações quanto às aquisições de carne do Mercosul.

Leia a nota na íntegra:

Posicionamento do Carrefour França

O Carrefour França informa que a medida anunciada ontem, 20/11, se aplica apenas às lojas na França. Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise.

Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças.

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