Confira como foi a semana da soja no Brasil; mercado tem poucos negócios

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soja, grãos
Foto: Silvio Ávila/ Ministério da Agricultura

O mercado brasileiro de soja enfrentou uma semana de baixos negócios e preços em queda, acompanhando o movimento da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), onde os contratos atingiram mínimas históricas. Mesmo com o dólar acima de R$ 5,80, as cotações domésticas seguiram a tendência de baixa dos mercados internacionais.

Cotações pelo Brasil

  • Passo Fundo (RS): de R$ 135,00 para R$ 131,00 por saca de 60 kg
  • Cascavel (PR): queda de R$ 140,00 para R$ 136,00 por saca
  • Rondonópolis (MT): queda de R$ 154,00 para R$ 147,00
  • Porto de Paranaguá (PR): redução de R$ 145,00 para R$ 142,00 por saca

A queda nos preços reflete a pressão de fatores globais e o cenário de ampla oferta. A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) também registrou perdas. Na manhã de sexta-feira, 22 de novembro, os contratos de soja com vencimento em janeiro de 2025 estavam cotados a US$ 9,76 por bushel, uma queda de 2,53% na semana.

Fatores que afetam o mercado da soja

O avanço da safra de soja no Brasil contribui para uma previsão de oferta, enquanto a boa colheita nos Estados Unidos também pressiona os preços para baixo. As incertezas políticas nos EUA, especialmente com a possibilidade de uma nova gestão de Donald Trump, aumentam a preocupação no mercado da soja. A escalada da guerra comercial com a China e a retirada de incentivos à produção de biodiesel podem reduzir a demanda pela soja americana e afetar ainda mais os preços.

Câmbio

A recente alta do dólar, acima de R$ 5,80, ajuda a amenizar os impactos sobre os preços da soja no Brasil. No entanto, o principal fator que influencia as cotações é a ampla oferta global, com produção recorde no Brasil e nos EUA, além das incertezas econômicas e políticas internacionais, que criam um cenário de baixa nos preços.

Perspectivas da soja para 2025

A ABIOVE projeta números recordes para o complexo da soja em 2025, com produção estimada em 167,7 milhões de toneladas e esmagamento de 57 milhões de toneladas. As exportações de soja devem alcançar 104,1 milhões de toneladas, com o farelo chegando a 22,9 milhões de toneladas e o óleo de soja mantendo-se em torno de 1 milhão de toneladas. As exportações totais do complexo devem gerar receitas de US$ 50,8 bilhões.

Até setembro de 2024, o Brasil manteve sua produção de soja em 153,3 milhões de toneladas, com esmagamento de 54,5 milhões de toneladas. A produção de farelo e óleo de soja permaneceu estável.

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