No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Líderes do G20 destacam regulação das plataformas digitais em declaração histórica no Rio

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Os líderes dos 19 países que compõem o G20, acompanhados de representantes da União Europeia e da União Africana, reuniram-se no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro deste ano para abordar os desafios globais e avançar em mecanismos de desenvolvimento sustentável e inclusivo.

O encontro culminou em uma declaração histórica do ponto de vista digital, trazendo ao centro das atenções o papel transformador e controverso das plataformas digitais.

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O documento, amplamente debatido durante o encontro, marca um amadurecimento nas discussões sobre a influência das tecnologias digitais na economia e na sociedade. O tema já havia ganhado relevância no 17º Encontro do G20, realizado em Bali, em 2022, quando os líderes reconheceram a necessidade de políticas públicas para fomentar uma economia digital habilitadora, inclusiva, aberta, justa e não discriminatória.

A declaração de Bali abordou a importância de tecnologias que empoderem consumidores e empreendedores, enquanto enfrentam desafios como desigualdades digitais, privacidade, segurança cibernética e desinformação.

Em 2023, no 18º Encontro do G20, em Nova Déli, o tema foi reforçado quando os líderes das maiores economias globais, mais uma vez, reconheceram a importância de uma economia digital habilitadora, inclusiva, aberta, justa, não discriminatória e segura, e o debate avançou ao destacar a necessidade de infraestruturas públicas digitais robustas, sugerindo que os Estados adotassem modelos inspirados nas plataformas digitais.

Essa visão consolidou a ideia de que o futuro da governança pública depende de sistemas digitais capazes de integrar inovação, inclusão e a oferta de serviços digitais para os cidadãos.

Agora, no Rio de Janeiro, a Declaração de Líderes reafirma o compromisso de uma economia digital inclusiva e segura, mas com um alerta claro: as plataformas digitais têm revolucionado as interações online, ao mesmo tempo em que amplificam os riscos de desinformação e abusos.

Os líderes pediram maior transparência e responsabilidade das plataformas, destacando a necessidade de alinhamento com marcos legais e políticas globais. A atribuição de responsabilidade às plataformas pela desinformação, isto é, por conteúdo compartilhado, pode ser um indício de que a governança do espaço digital baseado na neutralidade das plataformas não seja um consenso.

A declaração parece refletir um esforço coordenado de responsabilizar as plataformas digitais, empresas que moldam comportamentos e reconfiguram relações econômicas e sociais em escala global. Contudo, ao mesmo tempo em que os governos flexionam seus músculos reguladores perante as plataformas digitais (na mesma semana em que o Departamento de Justiça, nos EUA, recomendou que o Google fosse destituído do navegador de internet Chrome), a Declaração do Rio é ainda explicitamente pró-mercado no que diz respeito à economia digital.

Isto transparece em suas afirmações relacionadas ao incentivo à inovação em inteligência artificial e na ênfase no livro fluxo de dados transfronteiriços.

Enquanto governos em todo o mundo discutem regulação de conteúdo e competitividade no setor digital, o posicionamento do G20 indica que intervenções mais incisivas podem estar a caminho. A Declaração do Rio de Janeiro pode ser lembrada como o marco inicial de uma nova era de governança digital multilateral, com foco na criação de um ambiente online mais inclusivo, aberto, justo e seguro – um equilíbrio entre regulação e incentivo à inovação.

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