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Entre os dias 4 e 5 de dezembro, sete conferências municipais de meio ambiente mobilizaram mais de 60 municípios da Bahia, marcando uma etapa crucial para a 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente, que ocorrerá em março de 2025. Os eventos, realizados nas cidades de Bom Jesus da Lapa, Jequié, Presidente Tancredo Neves, Santa Maria da Vitória e Itabuna, trouxeram à tona temas fundamentais para o futuro sustentável do estado.
Em Bom Jesus da Lapa, a conferência destacou a importância da participação ativa das comunidades na construção de soluções para os desafios ambientais locais. O evento foi uma oportunidade para discutir, de forma aprofundada, questões como a gestão dos recursos hídricos e os impactos das mudanças climáticas na região. A cidade, conhecida por sua relevância no Oeste baiano, foi um dos centros desse grande movimento de conscientização e articulação ambiental.
Até o dia 15 de dezembro, outras conferências municipais continuam a ser realizadas em diversas regiões da Bahia, ampliando o debate sobre a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. As conferências contam com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com os Consórcios de Desenvolvimento Sustentável e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
Vânia Almeida, superintendente de Inovação e Desenvolvimento Ambiental da Sema, participou da conferência em Itaberaba e enfatizou a importância dessas reuniões para alinhar as ações locais com a urgência de enfrentar os desafios das emergências climáticas. “Esses encontros são essenciais para fortalecer a participação da sociedade na formulação de políticas públicas e alinhar as ações locais com as diretrizes estaduais”, afirmou.
Transição Ecológica e Desafios Climáticos
Durante as conferências, um dos principais temas discutidos foi a transição ecológica, com foco na preservação dos recursos naturais e na adaptação às mudanças climáticas. Antonio Martins Rocha, diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do Inema, destacou a urgência de estratégias eficazes para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, como enchentes e secas prolongadas.
“A transição ecológica não pode se limitar à preservação ambiental. Ela deve ser socialmente inclusiva, abordando a vulnerabilidade das comunidades indígenas e tradicionais, que estão entre as mais afetadas pelos efeitos do aquecimento global”, afirmou Rocha.
Em Irecê, um dos outros municípios sede das conferências, o foco foi em governança e educação ambiental. Guido Brasileiro, assessor técnico da Sema, reforçou a importância da colaboração entre os setores público, privado e a sociedade civil para garantir uma transição ecológica justa, que envolva tanto a preservação da biodiversidade quanto o desenvolvimento econômico sustentável.
Esses encontros são parte de um esforço contínuo para preparar o estado da Bahia para os desafios ambientais do futuro, buscando soluções que integrem questões ecológicas, sociais e econômicas, com ênfase na sustentabilidade e justiça social.
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