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A morte do empresário paraibano Gefferson Moura, ocorrida em março de 2021, segue sem desfecho judicial, deixando sua família em uma longa espera por justiça. O caso ganhou destaque nacional por envolver uma abordagem policial controversa que resultou na morte de um inocente, confundido com um criminoso.
Gefferson, de 32 anos, viajava de João Pessoa para Cajazeiras com o objetivo de cuidar dos pais, diagnosticados com Covid-19. Durante o trajeto, foi abordado por policiais civis de Sergipe, na cidade de Santa Luzia, e alvejado com oito tiros a queima-roupa pelo delegado Osvaldo Rezende Neto, que alegou legítima defesa, mas admitiu posteriormente ter plantado uma arma no veículo da vítima para forjar a cena do crime.
A abordagem ocorreu sob circunstâncias questionáveis. Os policiais sergipanos, que estavam em busca de um criminoso perigoso, não informaram previamente à polícia paraibana sobre a operação. Após disparar contra Gefferson, os agentes retiraram o veículo da cena, dificultando a perícia, e abandonaram o corpo em um hospital próximo.
A esposa e a filha de Gefferson, que tinha apenas 3 anos na época, vivem com a dor da perda. “Até hoje, a imagem do pai dela é o super-herói da vida dela. Ela sempre pede para ver as fotos do álbum da gente”, desabafou a viúva.
Para a família, o tempo não apaga a dor nem o desejo por justiça. “Nada vai trazer meu filho de volta, mas esperamos que os responsáveis sejam punidos. O sofrimento é grande, e a única coisa que pedimos é justiça”, declarou o pai de Gefferson.
Com Portal T5