Vereador diz que ele é quem sofreu assédio, entre outros destaques

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Na sessão da Câmara Municipal de Chapecó desta sexta-feira (12) o vereador Neuri Mantelli (PSD) negou a acusação de assédio e disse que ele é quem foi vítima. 

O vereador também divulgou uma nota à imprensa na quinta-feira (11), em que chama as acusações de infundadas, critica a forma como a denúncia foi divulgada e classifica como perseguição política. 

Segundo o vereador, a servidora disse que ele estava “com os faróis acesos”, na lanchonete do prédio, mas que ele levou na brincadeira.

Segue a o pronunciamento em vídeo e texto do vereador na tribuna do Legislativo:

Transcrição do pronunciamento do vereador

Senhores vereadores, estão na casa ainda a população que nos acompanha pela internet. Os últimos dias, quem acompanhou aí as redes sociais, jornais locais e estaduais viram que o meu nome foi na boca do leão. Não precisaria nada disso se a procuradoria da mulher, antes de cometer um ato da forma que foi cometido, tivesse me chamado para perguntar de fato que o que tinha acontecido. Mas não, porque eu sou um vereador de direita, defensor da família, defendo o direito das pessoas e fui o autor do patrulha guardião Maria da Penha. Aí as mulheres, em vez de perguntar, não vamos jogar o nome dele no buraco! Fiquei muito triste. Mais triste quando saiu o meu nome, que o presidente colocou  21 papéis igual esse com meu nome estampado. Não é sigiloso. Foi uma acusação. Não está havendo um processo de investigação. Não vamos acusar, que é mais fácil. Aí estão usando e outra coisa, por que que não colocaram o nome d a assessora? Só o meu! Vocês não acham que tem alguma coisa errada, que não é perseguição? Que que vocês me dizem, senhores vereadores? Estão usando essa assessora como uma marionete. Porque, de fato, houve uma brincadeira, mas por parte dela, quando eu estava subindo na sessão e eu tenho provas, porque tinha pessoas lá embaixo que ouviram, eu não levei como assédio sexual. Simplesmente eu passei reto e levei como brincadeira. Aí depois eu sou bandido que ela passou por aqui. Eu brinquei com ela quando eu desci, eu e ela realmente discutimos. Brigamos feio porque eu nunca dei intimidade para nenhuma mulher falar comigo assim e muito menos as mulheres da casa me deram de forma alguma pergunta para qualquer mulher da Câmara de vereadores. Vereadora Marcilei Vignatti faz 12 anos que nós estamos aqui. Nunca eu cumprimentei ninguém com beijinho, com abraço, nem uma mulher simplesmente com a mão, porque eu sou muito bem casado. E graças a Deus que a minha mulher confia no marido que tem, que se eu tivesse com meu casamento instável, tinha dado uma “M”. Mas eu tenho pena do meu nome estar nessa forma. Mas eu espero que os canais que divulgaram o que foi divulgado, que divulguem esse vídeo também, que eu estou dizendo que eu fui assediado, que eu não assediei ninguém. Eu me admira com a procuradoria das mulheres, vereadora, a senhora, como faz parte, porque é que não me chamaram antes de mandar um documento, perguntar de fato o que aconteceu? Interesse político, porque se eu caio fora daqui, entra quem? Suplente do MDB! Coisa que na história nunca mais o MDB vai ter 2 vereadores aqui na casa. Vocês podem anotar o que eu to dizendo para os senhores vai ser difícil ter um, porque não tem nomes para concorrer, não tem nomes. Aí eu sou bandido, eu que eu fiz errado, no mínimo tinham que respeitar os meus 12 anos de vereador, tinha o que respeitar a minha família. Tinham que respeitar. Eu sou vovô, eu nunca desrespeitei ninguém. Eu posso ser grosseiro aqui aqui na na tribuna, eu posso dar soco na tribuna, mas pelo direito das pessoas eu demorei até esse momento para me defender, porque eu esperei chegar onde chegou, porque nós vamos provar. E eu exijo, senhor presidente, que a comissão de ética essa semana termine, comece e termine esse, esses pareceres. Se eu devo, eu vou pagar, mas se eu não devo? Eu quero ver muitos aqui pedir desculpa para mim. Porque não é feio pedir desculpa, senhores vereadores, não é feio pedir desculpa. Eu fui acusado, alguns vereadores daqui saíram falando para os meus amigos, eu tenho áudios, como eu já falei, gente, política não se faz com o fígado, é com respeito, é com respeito. Então está aqui a verdadeira história. Se a imprensa que divulgou hoje foi em mídia estadual, me liguem, tem esse vídeo, quero ver se vão dar o mesmo espaço para mim do que deram pra mentira.

Clique para ler na íntegra a nota do vereador Neuri Mantelli

NOTA À IMPRENSA
11 de abril de 2024
Nos últimos dias, meu nome tem sido associado a alegações de assédio sexual envolvendo uma assessora na Câmara de Vereadores. Gostaria de esclarecer publicamente alguns pontos importantes relacionados a esta situação.
Primeiramente, gostaria de destacar que as acusações contra mim são infundadas e carecem de qualquer
fundamento factual. Nunca me envolvi em qualquer tipo de comportamento inapropriado ou assédio sexual, e repudio veementemente tais alegações.
É extremamente preocupante que meu nome tenha sido divulgado em associação com essa denúncia,
especialmente considerando que deveria ter sido mantida em sigilo, conforme procedimentos padrão. O
presidente da Câmara, André Caetano Kovaleski, ao tornar pública essa denúncia com meu nome, no qual
divulgou de forma impressa a denúncia aos 21 vereadores, agiu de forma irresponsável e prejudicial.
Quanto aos eventos relatados, é importante ressaltar que nunca tive qualquer tipo de contato íntimo ou
intimidade com a assessora em questão. O suposto incidente ocorrido no barzinho da câmara, onde ela teria feito uma brincadeira de mau gosto comigo, dizendo que eu estaria com os faróis acesos, foi interpretado por mim como uma simples brincadeira, e nada além disso. Aliás, possuo provas que evidenciam que a brincadeira partiu dela, e não de mim.
É fundamental que os fatos sejam apurados de maneira imparcial e objetiva. Exijo que uma investigação
completa seja realizada imediatamente, a fim de esclarecer a verdade e restaurar minha reputação. Tenho
plena confiança na justiça e na transparência do processo, e estou disposto a colaborar completamente com as autoridades competentes para garantir que a verdade prevaleça.
Ratifico meu compromisso com a ética, a integridade e o respeito no ambiente de trabalho, e reitero meu
repúdio a qualquer forma de assédio ou conduta inadequada. Continuarei a desempenhar minhas funções como vereador com diligência e dedicação, em prol do bem-estar e dos interesses da comunidade que represento.
Além disso, é com grande tristeza que observo o sofrimento e a preocupação dos meus familiares diante
desses acontecimentos. Suas vidas estão sendo afetadas injustamente por acusações infundadas, e isso me entristece profundamente. Agradeço pelo apoio incondicional que têm me oferecido neste momento difícil.
Além disso, devo salientar que considero esta situação como parte de uma perseguição política direcionada contra minha pessoa. Estou sendo vítima de calúnias e difamações com o objetivo claro de me descredibilizar e prejudicar minha atuação política. Rejeito veementemente essas tentativas de difamação e continuarei a lutar pela verdade e pela justiça.
Ademais, reafirmo que sou um defensor dos valores da família e dos bons costumes, e acredito firmemente na importância de preservar esses princípios na sociedade.
Agradeço pelo apoio e compreensão daqueles que confiam em minha integridade, e estou confiante de que, ao final deste processo, minha inocência será plenamente comprovada.
Atenciosamente,
NEURI MANTELLI
VEREADOR

Controvérsia

Segundo o relato da servidora à Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, ela declarou que a frase “você está com os farois acesos” foi dita por Mantelli quando ela entrou no plenário, ao passar pela mesa do vereador. Pelo que presume-se até aqui, a servidora teria dito a frase ao vereador na lanchonete, e depois Mantelli teria repetido a frase para a assessora no Plenário.

Nas mãos da Comissão

O caso agora está sob responsabilidade da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O vereador Aderbal Pedroso da Silva (PSD) foi escolhido pelo Plenário para compor a comissão no lugar de Luiz Paulo Cararo (PSD) de forma ad hoc (apenas para este procedimento específico). Cararo declarou-se impedido de participar porque é chefe imediato da servidora em questão. A denúncia de Mantelli agora está nas mãos de Aderbal, Valdir Carvalho (PT) e João Marques Rosa (União), este último que preside a comissão. 

União Brasil

O presidente do União Brasil em Santa Catarina, deputado federal Fábio Schiochet, esteve em Chapecó e São Miguel do Oeste nesta sexta-feira (12), junto com o deputado estadual Sérgio Guimarães.

Em Chapecó, foi feita uma conversa com vereadores, lideranças e pré-candidatos da região. A vereadora Marcilei Vignatti foi recepcionada formalmente pela comitiva estadual do União e sentou à mesa junto com os colegas de bancada João Rosa e Ivaldo “Gringo” Pizzinato.

A vereadora de Quilombo, Kauana Vailon, também foi recebida oficialmente pelas lideranças estaduais do partido e está à disposição do União para disputar a majoritária.

Em São Miguel do Oeste, ocorreu o lançamento da pré-candidatura a prefeito do vereador Paulo Drum.

Tecnologia em pauta

A  CDL e Associação Empresarial de Maravilha realizaram na quinta-feira (11) a primeira edição do projeto Café com Empresários, com a presença do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett e do representante do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Renato Muniz da Silva. Foi tratado sobre novos passos para o Centro de Inovação na cidade e oi sancionada simbolicamente a lei municipal nº 35/2023, que Institui a Política Municipal de Incentivo à Inovação Tecnológica e cria o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação. Participaram do evento, o vice-prefeito de Maravilha, Jonas Dall’ Agnol, o presidente da Câmara de Vereadores do Município, Sérgio Bourscheid, demais vereadores, empresários associados das entidades, secretários municipais e a diretoria da CDL e AE.

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