No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Cruzeiro do Sul: a farinha que leva sabor e cultura do Brasil ao cenário global 

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Um pote de farinha de mandioca
Farinha de Cruzeiro do Sul

A cidade de Cruzeiro do Sul, que fica a 626 quilômetros de distância de Rio Branco, carrega histórias, tradição, sabor e inovação na produção de farinha de mandioca. 

A iguaria, que já recebeu o selo de Indicação de Procedência(IP), se prepara para brilhar este ano na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).

Um encontro global anual em que líderes mundiais dos países membros se reúnem para propor medidas para reduzir danos causados ao meio ambiente e ao planeta. 

Com um processo de produção quase todo manual, a farinha de Cruzeiro do Sul se tornou símbolo do Acre. Produzida com técnicas passadas de geração em geração, envolvendo cerca de 30 horas de trabalho, cada etapa do preparo respeita práticas sustentáveis que preservam o meio ambiente e sem queimadas.  

 “O nosso produto é orgânico, artesanal, e a gente vem fazendo o modelo conservacionista, sem queimadas. Essa é a grande prioridade da nossa região”, conta com orgulho Zeca da Farinha, produtor rural. 

Em 2017, após muito esforço das cooperativas locais, a farinha conquistou o selo de Indicação Geográfica (IG) de Procedência, tornando-se o primeiro produto brasileiro derivado da mandioca a obter esse reconhecimento.

Para Zeca o selo abre portas: “A farinha de Cruzeiro do Sul é a melhor do mundo”. 

Mas isso só foi possível graças ao apoio do Sebrae e de outras instituições, que ofereceram capacitação aos produtores. 

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Um homem mostrando a farinha de mandioca do Cruzeiro do Sul, Acre
Zeca da Farinha, produtor rural

“O Sebrae, na verdade, ajudou em toda a estruturação, trazendo cursos de boas práticas na plantação, mostrando onde estávamos errando e acertando”, esclarece o produtor rural, que faz parte da terceira geração na produção do alimento. 

“Para a conquista do selo, o Sebrae esteve presente tanto financeiramente como no levantamento de campo e no diagnóstico. Foram muitas reuniões e workshops para sensibilizar os produtores sobre a importância da IG. Hoje, a farinha de Cruzeiro do Sul é nosso ouro”, afirma Laiz Maria Montenegro Mappes, gerente do escritório regional do Juruá – Sebrae Acre.

Atualmente, a detentora do registro é a Central de Cooperativas do Juruá, que está legalmente autorizada a utilizar a marca ‘Farinha de Cruzeiro do Sul’. 

“A questão de conseguir o selo veio de uma grande batalha das cooperativas que conseguiram da Indicação de Procedência. Esse selo veio para agregar valor ao nosso produto”, esclarece Zeca. 

Hoje, o Brasil possui 135 Indicações Geográficas registradas, sendo 96 de Indicação de Procedência (IP) e 39 de Denominação de Origem (DO), segundo o INPI. Como explica Hulda Giesbrecht, do Sebrae: “A IG protege os ativos de um território como história, saberes e fatores naturais”.

Por dentro da história

A história da Farinha de Cruzeiro do Sul começou com os migrantes nordestinos que, no final do século XIX, trouxeram seus costumes para o Acre. Após o declínio do Ciclo da Borracha, a produção da farinha se tornou uma alternativa econômica fundamental para a região. 

“Quando a borracha caiu de preço, a produção acabou. Então, a principal economia até hoje na região, é a farinha”, diz Zeca. 

Rumo à COP30

Mappes destaca a oportunidade de levar a farinha como exemplo de produto sustentável que movimenta a economia local. “A gente vai levar uma representatividade da Farinha de Cruzeiro do Sul para participar da COP30”, afirma.

Laiz conta ainda, que o Acre passa por meses de seca, geralmente começa em julho e vai até o mês de setembro, período em que os  produtores rurais estão plantando e entre as iniciativas voltadas à sustentabilidade, está o uso da leguminosa mucuna, que permite o cultivo na mesma área por até 15 anos. 

“A gente está trabalhando fortemente com relação às queimadas. Uma das práticas para este ano, é começar o trabalho com a mucuna – que é uma leguminosa -, em que produtor pode passar de 10 a 15 anos plantando na mesma área. Além disso, vamos trabalhar a questão do reflorestamento. Então, temos muito trabalho e conquistas antes da COP 30”, finaliza a gerente do escritório regional do Juruá – Sebrae Acre.

O encontro da COP 30, considerado um dos principais eventos do tema no mundo, vai acontecer pela primeira vez no Brasil entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA). 

Porteira Aberta Empreender: conectando o campo e o mundo

Quer conhecer mais histórias como a da Farinha de Cruzeiro do Sul? 

Hoje, quinta-feira (16), às 17h45, na Tela do Canal Rural você pode acompanhar não só o reconhecimento da IG da Farinha de Cruzeiro do Sul como também outras histórias inspiradoras. 

O programa Porteira Aberta Empreender é uma produção do Canal Rural em parceria com o Sebrae, e é o lugar certo para você descobrir produtos, serviços e inovações que vão fortalecer seu o empreendedorismo no campo.

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Confira onde assistir ao programa

Canais disponíveis para assistir o programa Porteira Aberta Empreender

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