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Após derrota no caso Pix, o governo ainda tenta entender como os ataques à medida ganharam vulto tão depressa, o que acabou levando-o a recuar. Cresce nos mais altos escalões na Esplanada dos Ministérios a convicção de que a confusão teve uma “mão” da Meta.
“O alcance já é resultado da nova configuração do algoritmo de promover ‘conteúdo cívico’”, disse ao JOTA um importante integrante do governo.
No início do ano, a Meta informou que passaria a tratar o conteúdo cívico das pessoas e Páginas seguidas no Facebook da mesma forma que qualquer outra postagem. Ou seja, o algoritmo passou a ranquear e mostrar esse tipo conteúdo com base em interações do usuário, como curtidas e visualizações.
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A crença no governo é a de que muitos robôs no exterior teriam sido acionados, como de outras vezes. Avalia-se que os números de visualizações do post de Nikolas Ferreira não poderiam ter sido tão altos em espaço tão curto de tempo sem ajuda.
Esta pode ser apenas a construção de uma narrativa que justifique a derrota. Mas o fato é que o caso Pix acendeu o sinal amarelo para este governo em ano pré-eleitoral que já se anuncia complicado por uma série de outros fatores que podem ser turbinados por ataques semelhantes nas plataformas digitais daqui para frente. E saber o que o deixou de mãos atadas é considerado fundamental neste momento em que se analisa a toada da campanha para 2026.
Esse discurso do governo pode ter consequências práticas relevantes. Culpar outros pelo fracasso no episódio pode ser uma estratégia para unir a base contra um inimigo comum. Mas a falta de reconhecimento das próprias falhas no caso e das desvantagens estruturais da esquerda no ambiente digital pode levar à repetição de erros.
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O governo insistiu por dias que sofria um ataque de fake news sobre taxação do Pix, quando a verdade é que mais de 90% dos posts falavam de outra coisa: o uso dos dados para cobrar outros impostos, aumentando a carga sobre informais, empreendedores, profissionais liberais e pequenos empresários. Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Lula usavam um tom de superioridade diante de supostas mentiras, Bolsonaro e Nikolas citavam cabeleireiras, pipoqueiros, pedreiros e comerciantes em suas publicações, ligando as regras à percepção de um governo gastador e taxador.
Agora, ao tirar do episódio a lição de que é tratado injustamente pelas plataformas e reagir falando em regulação das redes e soberania nacional, o governo pode mais uma vez se desconectar das preocupações diárias de milhões de pessoas. E não enfrentar a imagem que se consolida sobre a falta de zelo com os gastos e a sanha arrecadatória sobre os mais pobres —como aconteceu no caso das “blusinhas”.
Ainda que o discurso de perseguição esteja correto, fica no ar a dificuldade de o governo de enfrentar a realidade de uma direita organizada organicamente em dezenas de milhares de grupos, com capilaridade, em uma relação dinâmica de feedback com influencers e políticos. Onde estão os milhares de grupos da esquerda? Onde estavam os seus influencers? Apenas esmagados por um algoritmo enviesado, ou repetindo acriticamente respostas longe do alvo da crise? Pior: muitos se calaram sobre um tema negativo, diante da falta de uma base ampla disposta a defender o governo.
Mirar apenas em cima e para fora pode prender a nova estrutura de comunicação na mesma armadilha em que estava a anterior.