No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

O que Alcolumbre e Motta podem significar para o setor de energia

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Após o recesso parlamentar, o Congresso retoma as atividades nesta semana com uma decisão que irá nortear os próximos dois anos: a definição de novos nomes para a presidência da Câmara e do Senado. As eleições estão previstas para acontecerem no sábado, 1º de fevereiro, mas não há indicativos de surpresas. No Senado, que acumula a presidência do Congresso, a expectativa é que Davi Alcolumbre (União-AP), retorne ao cargo. Nome poderoso na Casa, Alcolumbre já presidiu o Senado, entre 2019 e 2021. Já na Câmara deve ser eleito o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), nome costurado por Arthur Lira (PP-AL) nos últimos meses do ano passado.

A dança nas cadeiras da presidência das Casas e na mesa diretora tem influência direta nas pautas que irão tramitar na Casa nos próximos meses, inclusive para aquelas que envolvem os setores de energia e petróleo e gás. A influência de Alcolumbre nos setores é mais visível. Quando comandou o Congresso, o senador teve forte envolvimento com as discussões sobre a privatização da Eletrobras e sobre geração distribuída. Mas, olhando para frente, há grandes questões que envolvem o parlamentar amapaense, como a exploração de óleo e gás na área da margem equatorial no estado que representa.

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Pode-se esperar atuação forte do parlamentar especialmente em relação à questão da margem equatorial. O parlamentar já avisou a interlocutores que será uma das suas principais pautas no setor. A pressão será capitaneada e direcionada principalmente ao governo, que, embora esteja na composição de apoio para o senador, ainda vai depender de negociações com o futuro presidente da Casa para aprovar as matérias que constam em sua prioridade.

Alcolumbre também é ativo em questões relacionadas ao seu reduto eleitoral quando se trata, por exemplo, do preço da energia elétrica e de problemas na prestação do serviço no Estado. É uma pauta comum a toda bancada do Norte, que sofre com os preços mais altos das tarifas de energia. O parlamentar teve grande peso na articulação de uma Medida Provisória (MP) para conter o aumento da tarifa amapaense no início do ano passado.

Por conta disso, pode ter uma influência relevante nas discussões da modernização do setor elétrico, pauta que promete ser uma das principais agendas do Ministério de Minas e Energia este ano. É provável que Alcolumbre defenda especialmente medidas para proteger o consumidor cativo, o que já está na mira do ministro Alexandre Silveira.

A volta de Alcolumbre ao comando pode, porém, dificultar a vida do ministro de Silveira. A relação entre os dois vem se desgastando ao longo dos últimos meses e, nos bastidores, há quem diga que o senador tem sido um dos principais defensores de que Silveira saia do cargo que ocupa atualmente.

Já o deputado Hugo Motta, em suas legislaturas até aqui, tem ligação com o setor de combustíveis, mais especificamente o de etanol. Entre suas proposições, por exemplo, o deputado já sugeriu que o etanol hidratado combustível fosse vendido sem intermediações.

São posturas que mostram uma relação com a pauta do seu próprio estado, Paraíba. A produção do etanol é importante em alguns locais do Nordeste. Não é muito diferente do atual presidente Arthur Lira (PP-AL), que priorizou a aprovação do Paten visando também o setor sucroalcooleiro.

Na área de energia elétrica, Motta chegou a ser eleito presidente da comissão sobre o projeto de privatização da Eletrobras da gestão Temer, em 2018, mas que nunca saiu do papel. O deputado apresentou uma postura de mediador entre oposição e apoiadores da proposta, sem pender para algum lado naquele momento.

É uma postura condizente com o que se espera da legislatura do sucessor de Lira nos próximos anos. Motta é visto como um parlamentar mais afeito ao diálogo, o que pode ser um ativo importante, caso o governo realmente decida retomar as discussões sobre a reforma do setor elétrico, por exemplo.

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