No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Alimentação do Trabalhador em Risco: O Impacto da Inflação no Setor de Refeições Coletivas – ABERC – Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas

Spread the love

O setor de refeições coletivas desempenha um papel essencial na alimentação de milhões de brasileiros diariamente. Empresas desse segmento fornecem refeições para indústrias, hospitais, escolas, plataformas de petróleo e obras remotas. No entanto, o aumento expressivo dos custos de insumos e matérias-primas tem colocado a sustentabilidade dessa atividade em risco.

Com base nos indicadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), observa-se uma inflação de 21,48% nos principais itens utilizados na produção de refeições coletivas. Esse aumento compromete a viabilidade financeira do setor e pode impactar diretamente a qualidade da alimentação oferecida aos trabalhadores.

O Crescimento dos Custos no Setor de Refeições Coletivas

A inflação dos alimentos afeta diretamente os custos das refeições coletivas, uma vez que 61% do custo total de produção dessas refeições está relacionado às matérias-primas. Entre os insumos mais impactados estão:

  • Proteínas: 25% do custo total;
  • Hortifruti: 9% do custo total;
  • Produtos industrializados: 10% do custo total;
  • Arroz e feijão: 6% do custo total.

Os aumentos mais expressivos foram registrados em itens como carne bovina, com o coxão mole apresentando um aumento de 23,93%, a alcatra subindo 24,61% e o acém atingindo 34,18% de inflação. Produtos essenciais, como o leite longa vida, também tiveram elevações significativas, alcançando 19,83%. Já o café em pó registrou um aumento de 43,31%, impactando diretamente os custos operacionais.

O problema se agrava pelo fato de que muitos contratos de fornecimento de refeições coletivas são firmados com preços fixos anuais, tornando difícil para as empresas repassar os aumentos de custos.

Fatores que Influenciam a Inflação dos Insumos Alimentares

A inflação no setor alimentício não decorre apenas do aumento da demanda ou de fatores específicos da agricultura. Outros elementos têm um impacto significativo nos custos:

1. Energia e Combustíveis
Os preços dos combustíveis impactam diretamente os custos de transporte dos alimentos. Com o aumento do preço do diesel, o frete se torna mais caro, elevando o preço final dos produtos. Isso afeta principalmente alimentos que dependem de logística complexa, como hortifruti e carnes.

2. Câmbio e Insumos Importados
O preço de insumos como fertilizantes e rações é fortemente influenciado pelo dólar. Com a valorização da moeda americana, esses insumos encarecem, elevando os custos de produção da cadeia alimentar.

3. Condições Climáticas
Fenômenos climáticos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas, afetam a produção agrícola, reduzindo a oferta de determinados produtos e elevando seus preços.

4. Impactos da Cadeia Produtiva
Problemas na cadeia de fornecimento, como interrupções logísticas e desabastecimento, também contribuem para a elevação dos preços. A pandemia, por exemplo, impactou a produção de alimentos em nível global, causando escassez e aumento de custos.

Como as Empresas Podem Mitigar os Impactos da Inflação?

Diante desse cenário desafiador, é fundamental que as empresas de refeições coletivas adotem estratégias eficazes para reduzir o impacto dos aumentos de custos. Algumas ações recomendadas incluem:

1. Revisão dos Cardápios
Adaptar os cardápios com ingredientes de menor custo e maior disponibilidade sazonal pode ajudar a reduzir despesas sem comprometer a qualidade nutricional.

2. Renegociação de Contratos
Empresas devem revisar contratos com fornecedores e clientes para garantir maior flexibilidade na repactuação de preços diante de oscilações do mercado.

3. Redução de Desperdício
Implementar campanhas de conscientização para reduzir desperdícios e otimizar o aproveitamento dos ingredientes pode gerar economia significativa.

4. Desenvolvimento de Novos Produtos
Criar alternativas de refeições que utilizem matérias-primas menos onerosas pode contribuir para o equilíbrio financeiro da operação.

5. Adequação dos Contratos às Novas Condições do Mercado
Estabelecer modelos contratuais mais flexíveis, que permitam reajustes em caso de inflação elevada, é essencial para garantir a sustentabilidade do setor.

O setor de refeições coletivas enfrenta um momento crítico, marcado pelo aumento expressivo dos custos dos insumos alimentares. Para manter a qualidade do serviço e garantir a alimentação adequada dos trabalhadores, é necessário adotar estratégias eficientes para mitigar os impactos da inflação.

Empresas, fornecedores e contratantes devem atuar em conjunto para encontrar soluções sustentáveis. A revisão de cardápios, renegociação de contratos e redução de desperdícios são apenas algumas das medidas que podem ser implementadas.

A ABERC segue monitorando esse cenário e trabalhando para apoiar as empresas do setor.

Fonte: https://www.aberc.com.br/alimentacao-trabalhador-inflacao-alimentos/

 

 

 

 

 

 

O post Alimentação do Trabalhador em Risco: O Impacto da Inflação no Setor de Refeições Coletivas – ABERC – Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas apareceu primeiro em Blog Cebrasse.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *