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Fontes na condição de anonimato procuraram a coluna para relatar que a Secretaria de Estado da Educação enfrenta um cenário de instabilidade e precariedade. Em quase dois anos de governo Jorginho Mello (PL), inúmeras pessoas passaram por cargos de diretoria e gerência, comprometendo a continuidade e o planejamento das políticas educacionais.
De acordo com relatos, a Diretoria de Ensino, uma das áreas mais estratégicas da pasta, já está sob o comando do quarto gestor desde o início da atual administração. A média de permanência no cargo é de apenas quatro meses, inviabilizando a implementação de projetos de longo prazo. Fontes internas afirmam que a alta rotatividade reflete uma gestão desorganizada e sem critérios técnicos.
Além disso, servidores sob sigilo denunciam que alguns nomeados para cargos estratégicos respondem a processos administrativos e, ainda assim, seguem exercendo funções de liderança. “Se fosse um servidor comum, seria afastado imediatamente para responder ao processo e se defender”, comenta uma fonte. A situação, conforme me relatou um servidor, ocorre com conhecimento do secretário Aristides Cimadon.
Os problemas de gestão também afetam a infraestrutura da SED. Um ofício revelou que, há um ano, não havia contrato de limpeza, e os próprios servidores tiveram que higienizar os ambientes de trabalho. Hoje, apenas sete trabalhadores cuidam da limpeza de um prédio com 600 funcionários. A segurança também preocupa. Falta estrutura contra incêndios, a escadaria é estreita, há poucos extintores, fiação exposta e equipamentos obsoletos.
Problemas nas escolas
Os relatos de servidores apontam que, nas escolas, a situação não é diferente. Algumas unidades, como uma escola de Palhoça, funcionam há quase dois anos sem um ginásio de esportes. Além disso, aparelhos de ar-condicionado instalados seguem sem uso em alguns municípios, pois a rede elétrica não suporta a carga necessária. “O governador prometeu resolver com estudantes de engenharia, mas nada mudou”, afirma um servidor. Escolas também iniciaram o ano letivo com quadras esburacadas, goteiras, falta de segurança e salas insuficientes. “Não há estrutura mínima para os alunos, mas para outros programas sempre há recursos”, relata o mesmo servidor.
Questionamentos
Gastos elevados e nomeações políticas também geram questionamentos na Secretaria de Estado da Educação. Mesmo alegando falta de verba, a SED alugou dois veículos de luxo do modelo Jeep Commander para o gabinete do secretário, com custo considerado elevado. Em dois anos, sete motoristas já passaram pelo cargo, levantando dúvidas sobre as constantes substituições. Também há o relato de que cargos em setores estratégicos ficaram vagos por até 50 dias, e exonerações ocorrem sem comunicação interna. Nomeações políticas sem qualificação técnica também são alvo de críticas. “Muitos não possuem condições mínimas para ocupar diretorias e gerências”, afirma um servidor. A grande reclamação é que falta dinheiro para investimentos importantes na educação básica, enquanto sobra para o Universidade Gratuita.
Reajuste da segurança
Uma fonte ligada ao Governo do Estado me disse ontem, na condição de anonimato, que é quase impossível apresentar qualquer outra proposta aos servidores da segurança pública estadual. De acordo com essa fonte, o governo chegou ao limite do que se propõe a conceder aos servidores. A informação é que será enviado para a Assembleia Legislativa o projeto de lei de acordo com o que foi acertado com os representantes das categorias, com um percentual de 21,5% de reajuste em três parcelas.
Proposital
Uma pessoa ligada ao Governo do Estado reiterou a informação divulgada por esta coluna de que a suposta proposta de 10% mais R$ 3 mil, divulgada por alguns meios de comunicação, realmente nunca foi apresentada aos representantes dos servidores da Segurança Pública. Pior: a fonte afirma que a informação saiu de setores do próprio governo com o intuito de gerar desgaste para os representantes das categorias. Ontem, o deputado estadual Jessé Lopes (PL), que tem atuado firme na defesa dos praças, chegou a ofender o colega Anderson Silva, da NSC, que foi um dos profissionais que divulgaram a informação.
Solidariedade
Fica a minha solidariedade ao colega Anderson Silva. Mesmo que, por diversas vezes, ele tenha abordado informações dadas em primeira mão por esta coluna, desconsiderando algo básico do jornalismo, que é o “crédito”, fica a minha solidariedade pelo colega de profissão, que apenas fez o seu trabalho, acreditando em fontes que acabaram falhando com ele. Anderson é um jornalista qualificado e que, de forma alguma, divulgaria algo de maneira irresponsável.
Novela MDB
Conforme já relatei, os emedebistas estão divididos. Parte da legenda quer aderir ao governo de Jorginho Mello (PL), enquanto outra parte é contra a adesão e defende um MDB independente até o próximo ano, o que, na opinião de algumas lideranças, incluindo deputados, dará força para que o partido possa sentar à mesa em condições de igualdade, seja com Jorginho, ou com o PSD, que tem no prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), o seu pré-candidato a governador. Os sinais são esperados e ainda podem vir de Brasília, embora algumas conversas tenham ocorrido nesta semana com o governador, deixando o jogo em aberto. Uma definição deverá ocorrer, no máximo, até a próxima terça-feira.
Voltou à pauta
O fato novo em Brasília é que o MDB voltou para o jogo na disputa pela relatoria da Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Este ano será a vez de a Câmara Federal indicar, e o nome do deputado federal Carlos Chiodini é a bola da vez para ser o indicado. O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi, é quem está conduzindo as conversas ao lado do deputado Isnaldo Bulhões, amigo de Chiodini. A possibilidade é boa de o catarinense ser o indicado. Outro ponto que conta a favor é a amizade que o deputado Chiodini tem com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).
Porém
Como sempre tem um “porém”, isso deve ser levado em conta sobre o futuro do deputado federal Carlos Chiodini (MDB). Se ele não conseguir a relatoria da Comissão do Orçamento do Congresso, a opinião de fontes próximas é que sua ida para o governo de Jorginho Mello (PL) ficará mais próxima. “Dizer que está batido (com o governo) é mentira. Agora, dizer que ele está inclinado é justo”, relatou uma fonte emedebista. Se der certo, os emedebistas manterão a Infraestrutura com Jerry Comper, Emerson Stein assumirá o Meio Ambiente e a Economia Verde, e Chiodini a Agricultura com porteira fechada, incluindo a Cidasc e a Epagri. Fora esses nomes, ninguém mais quer assumir uma dessas vagas no governo. Além disso, a Fesporte também ficará no comando do MDB, com o deputado Fernando Krelling podendo indicar o presidente. “É o justo. O Krelling é da área do esporte e conhece os nomes que podem ajudar a Fesporte”, relatou a fonte.
Autopromoção?
O Governo do Estado organizou um grande evento para entregar apenas a assinatura de uma licença prévia ambiental. Se perguntar quanto da obra o governo vai pagar? Nada! Mas transforma em palanque político uma licença que já deveria ter sido entregue antes das eleições do ano passado. Estranhamente, a licença não foi entregue no trâmite normal e foi comunicada pelo governador Jorginho Mello (PL) como: “Está na minha mesa.” Mas essa licença não é técnica? O governador ocupa um cargo político. O abuso de poder econômico já fez governadores serem cassados, e o uso da máquina pública para autopromoção, e não para divulgar ações do governo, também pode gerar denúncias.
Erro ou deselegância?
O cerimonial do Governo do Estado esqueceu de chamar o prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), que era o anfitrião do ato, para discursar. A falha – ou ação proposital – teve que ser corrigida na hora pelos presentes. Mas ir até a cidade do prefeito, que vai arcar com a obra sozinho, para anunciar uma licença prévia ambiental com atraso e ainda esquecer justamente quem realmente paga a conta é, no mínimo, questionável.
Não apareceu
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), que vive ao lado do governador Jorginho Mello (PL), não compareceu ao evento de assinatura da licença prévia ambiental de Barreiros, em São José. Talvez o fato de ele não ter conseguido recursos para financiar a obra, devido ao nível de endividamento que sua gestão tem enfrentado, o tenha constrangido. A parte da capital está atrasando consideravelmente o cronograma.
Líder da minoria
A deputada federal Caroline de Toni (PL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), foi escolhida para liderar a minoria na Câmara dos Deputados. Na CCJ, pautou temas como a PEC das Drogas e a PEC da Vida. Agora, quer avançar com a anistia, a CPI do Abuso de Autoridade e a prisão em segunda instância. A bolsonarista é a primeira catarinense a ocupar esse cargo na oposição da Câmara. De Toni é pré-candidata ao Senado.
Trânsito
A Assembleia Legislativa deve debater, neste semestre, a criação do desconto do “Bom Motorista”. O projeto, de autoria do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), propõe um abatimento de 5% no IPVA para condutores inscritos no Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), ou seja, aqueles que não cometeram infrações nos últimos 12 meses. A medida busca incentivar a direção responsável e inverter a lógica punitiva do trânsito brasileiro, premiando quem contribui para um trânsito mais seguro. O projeto ainda passará por análise nas comissões antes da votação em Plenário.
Indústria da multa
Além do desconto para motoristas responsáveis, a Alesc também analisa um projeto de lei que visa coibir a chamada “Indústria da Multa” em Santa Catarina. A proposta, da qual Napoleão Bernardes (PSD) é coautor, pretende proibir radares móveis ocultos, medição média de trecho e drones nas rodovias estaduais, priorizando radares fixos com sinalização clara. O deputado destaca que, em 2024, mais de 3 milhões de multas foram aplicadas no estado, enquanto 70% das rodovias seguem em más condições. Segundo ele, a intenção é garantir que a fiscalização seja educativa e transparente, e não apenas arrecadatória.
Cobrança indevida
A deputada federal Júlia Zanatta (PL) questionou formalmente as concessionárias Arteris e CCR, responsáveis pela BR-101, sobre a cobrança indevida de pedágio quando as filas ultrapassam o tempo limite permitido. Segundo os contratos firmados com a ANTT, nesses casos, a tarifa deveria ser liberada, mas motoristas relatam que isso não ocorre. A parlamentar também acionou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para esclarecer como tem sido feita a fiscalização.
Fiscalização
Diante de constantes reclamações de motoristas, a deputada federal Júlia Zanatta (PL) solicitou explicações à ANTT sobre o descumprimento da regra que determina a liberação do pedágio em caso de longas filas. A parlamentar cobra maior fiscalização e transparência, destacando que os usuários da BR-101 não podem pagar por um serviço que não está sendo devidamente prestado. A Diretoria de Relação e Defesa do Consumidor de Santa Catarina também tem notificado as concessionárias sobre o problema.
Líder
O deputado estadual Sérgio Guimarães foi escolhido para liderar a bancada do União Brasil na Assembleia Legislativa pelos próximos dois anos, em acordo com os deputados Jair Miotto e Marcos da Rosa. Guimarães destacou que a escolha demonstra harmonia e unidade entre os correligionários e reforçou seu compromisso em fortalecer o partido e defender projetos que beneficiem os catarinenses. “Cabe a mim buscar sempre o entendimento e garantir apoio aos nossos deputados”, afirmou.
Reciclagem
O deputado estadual Volnei Weber (MDB) esteve em Brasília nesta quarta-feira (5), onde participou de uma reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O encontro contou com a presença da secretária executiva de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, e do deputado federal Pedro Uczai (PT), tendo como pauta central o fortalecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos e da cadeia produtiva da reciclagem. Presidente da Frente Parlamentar do setor na Alesc, Weber reforçou a importância para o desenvolvimento sustentável. “A reciclagem gera empregos, preserva o meio ambiente e precisa ser valorizada. Nosso trabalho é lutar por políticas que impulsionem o segmento”, destacou o parlamentar.