Polícia desmantela grupo responsável por 40 homicídios em Natal e Região Metropolitana

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Uma ação conjunta entre a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) e a Polícia Federal resultou na deflagração da “Operação Caronte” nesta quinta-feira 16, que desmantelou um grupo de extermínio responsável por aproximadamente 41 homicídios na capital potiguar e municípios vizinhos. Sete pessoas foram presas, incluindo um policial militar, nesta operação, que também revelou atividades ilícitas como extorsão, tráfico de drogas e venda de armas ilegais.

Ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão foram executados em bairros da Zona Norte de Natal e no município de Extremoz.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil identificaram uma série de coincidências nos crimes de homicídios ocorridos ao longo de 2023, tanto em Natal quanto em cidades da Região Metropolitana, como São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim e Extremoz. Essas coincidências incluíam o modus operandi, veículos utilizados, armamento empregado e outras características.

A colaboração com o Setor de Perícias de Balística Forense do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN) foi crucial para confirmar as suspeitas de um grupo armado por trás dos homicídios, com resultados positivos nos confrontos balísticos entre os crimes investigados. A DHPP identificou um total de 41 homicídios em apenas seis meses, todos cometidos com as mesmas armas de fogo e distribuídos entre Natal, São Gonçalo do Amarante e Extremoz.

O inquérito policial instaurado para apurar esses crimes revelou a existência de um grupo de extermínio atuante na região, envolvendo até mesmo membros das forças de Segurança Pública. Os investigados utilizavam uma rede de informantes, incluindo agentes de segurança, para selecionar alvos com base em interesses financeiros ou territoriais do grupo. Após a identificação dos alvos, os membros do grupo buscavam aliados nas forças de segurança para afastar a presença policial da área, facilitando a execução das vítimas.

As invasões às residências das vítimas eram frequentemente precedidas por identificação falsa como policiais, seguidas de revistas nos imóveis em busca de itens de valor antes da execução das vítimas. Após os homicídios, drogas e armas eram repassadas a outro núcleo do grupo criminoso, responsável pela comercialização desses produtos ilícitos e pelo controle do tráfico na região.

Durante as buscas, a Polícia Civil apreendeu um carro blindado, uma motocicleta de luxo, 20 quilos de cocaína, seis armas de fogo e diversas munições, evidenciando a amplitude das atividades criminosas desbaratadas pela Operação Caronte.

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