Temperatura e pastagem contribuem para queda nos preços da arroba do boi

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O mercado físico do boi gordo registrou preços mais baixos em grande parte das praças de comercialização do Brasil.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o ambiente de negócios sugere a continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com o avanço da oferta de animais terminados Brasil afora.

Iglesias ressalta que o quadro climático é imprescindível para compreender a atual conjuntura do mercado, com as chuvas bastante discretas em maio no Centro-Oeste e no Sudeste.

Da mesma maneira, as temperaturas permanecem elevadas, ocasionando uma piora das pastagens e reduzindo a capacidade de retenção do gado por parte dos pecuaristas.

Preços da arroba

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 16 de maio:

São Paulo (Capital) – R$ 225 a arroba, queda de 1,32% frente aos R$ 228 a arroba da semana passada.

Goiás (Goiânia) – R$ 205 a arroba, recuo de 4,65% frente aos R$ 215 da semana anterior.

Minas Gerais (Uberaba) – R$ 215 a arroba, recuo de 5,70% frente ao encerramento da última semana, de R$ 228 a arroba.

Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 218 a arroba, baixa de 2,24% frente ao fechamento da última semana, de R$ 223.

Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 220 a arroba, estável frente à última semana.

Rondônia (Vilhena) – R$ 188 a arroba, baixa de 1,05% frente aos R$ 190 registrados na semana passada.

Atacado

O mercado atacadista apresentou preços mistos ao longo da semana. O quarto traseiro do boi subiu 2,29%, passando de R$ 17,50 por quilo para R$ 17,90 por quilo. O quarto dianteiro do boi teve retração de 1,44%, passando de R$ 13,90 para R$ 13,70.

Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere menor apelo ao consumo durante a segunda quinzena do mês, com um potencial para piora dos preços, ainda mais em um momento em que as indústrias não encontram dificuldades na composição das escalas de abate.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 338,659 milhões em maio (7 dias úteis), com média diária de US$ 48,379 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 75,405 mil toneladas, com média diária de 10,772 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.491,10.

Em relação a maio de 2023, há alta de 24% no valor médio diário da exportação, ganho de 40,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,9% no preço médio.

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