Produtores seguram vendas e preços do milho sobem em maio

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O mercado brasileiro de milho registrou um mês de maio de forte retenção nas intenções de venda por parte dos produtores, o que contribuiu para uma elevação nas cotações.

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Segundo a Safras Consultoria, em vários estados, mas principalmente no Paraná e em São Paulo, o produtor especulou com o clima, diante das perspectivas de falta de chuvas para a safrinha em regiões como o Centro-Oeste e o Sudeste, segurando as ofertas.

A perspectiva de uma retomada do câmbio, ainda que não tenha trazido grandes reflexos nas exportações de milho, também foi um fator que ajudou a sustentar os preços do cereal.

Na ponta compradora, por outro lado, o comportamento seguiu bastante calmo, o que deixou a comercialização interna de milho bastante travada.

Por mais que possa haver alguma perda na safrinha, os consumidores entendem que a entrada da safrinha contribuirá para atender a demanda e acreditam que a maior oferta será um fator para queda nas cotações do milho.

No cenário internacional, os preços do milho acumularam leve alta em maio, em meio à expectativa de uma oferta menor por parte dos países produtores da América do Sul, como Brasil e Argentina, que enfrenta perdas por cigarrinha. Mas esse aumento nas cotações foi limitado pelas boas condições de plantio e de desenvolvimento das lavouras norte-americanas de milho até o momento.

Preços do milho

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 57,33 no dia 29 de maio. Alta de 3,75% frente aos R$ 55,26 registrados no encerramento de abril.

Cascavel (PR): R$ 60 (alta de 5,26%)

Campinas/CIF: R$ 65 (alta de 6,56%)

Mogiana Paulista: R$ 60 (alta de 7,14%)

Rondonópolis (MT): R$ 42 (sem variação)

Erechim (RS): R$ 65,50 (alta de 2,34%)

Uberlândia (MG): R$ 53 (sem variação)

Rio Verde (GO): R$ 50 (alta de 6,38%)

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 57,292 milhões em maio (17 dias úteis), com média diária de US$ 3,370 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 277,724 mil toneladas, com média de 16,336 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 206,30.

Em relação a maio de 2023, houve baixa de 41,8% no valor médio diário da exportação, queda de 6,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 37,7% no preço médio.

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