No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Altas temperaturas e desafios climáticos: a safra de soja no Paraná

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Foto: Canal Rural/Reprodução

A safra 2023/2024 no Paraná foi impactada por condições climáticas adversas que afetaram tanto a produtividade quanto a qualidade da soja. A quebra em relação à safra anterior foi de 17%, com uma perda de 3 milhões de toneladas. Além disso, a combinação de altas temperaturas e estiagem prolongada, principalmente na fase de floração e enchimento de grãos, prejudicou o desenvolvimento das lavouras, o que reduziu o ciclo das plantas e comprometendo os rendimentos.

O período crítico, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, foi marcado pela escassez de chuvas, afetando diretamente a produção. Além disso, o estado enfrentou variações climáticas, com chuvas intensas no início da safra seguidas de estiagem, o que causou atrasos no plantio e exigiu retrabalho em algumas áreas. Esses fatores resultaram em custos elevados e produtividade abaixo das expectativas.

Produção da soja no estado

A produção de soja no Paraná no último ciclo foi de 18,4 milhões de toneladas, e as expectativas para 2023/2024 eram de 22,4 milhões, o que representaria um aumento de 21% em relação à safra anterior. No entanto, a realidade foi diferente, com áreas como o Oeste e o Norte Pioneiro enfrentando seca severa, resultando em quebras de produtividade de até 50%. Por outro lado, o Sul do estado obteve resultados mais positivos, ajudando a equilibrar a produção.

A produtividade inicial prevista para a safra era de 80 sacas por hectare, mas o rendimento final ficou em 50 sacas. As áreas mais afetadas pela seca foram as regiões do Oeste e do Norte Pioneiro, que registraram perdas de até 50%. Em contrapartida, as regiões do Sul tiveram uma produtividade mais favorável, o que ajudou a mitigar as perdas de outras áreas, mas o impacto financeiro foi alto.

A área plantada com soja manteve-se estável, com cerca de 5,7 milhões de hectares nos últimos ciclos. Contudo, os preços da soja não reagiram conforme o esperado, ficando abaixo das projeções iniciais, o que gerou frustração entre os produtores, já impactados pelos altos custos de produção. A recuperação dos preços não foi tão robusta quanto o setor esperava.

Além das dificuldades

Apesar das dificuldades enfrentadas, especialistas acreditam que o manejo adequado do solo e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis podem reduzir os impactos de fenômenos climáticos extremos. O foco agora é aprimorar técnicas como o plantio direto e a cobertura do solo, buscando melhorar a resistência das lavouras à escassez hídrica e aos excessos de chuvas, visando uma agricultura mais sustentável no Paraná.

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