Aniversário Banda Grafith: 36 anos arrastando multidões

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Quem nunca balançou o “esqueleto” e se animou com a “batida” que só o Grafith tem que atire a primeira pedra. Genuinamente potiguar e com um ritmo inconfundível, a “Banda que arrasta multidões” se tornou, na última semana, patrimônio cultural imaterial do estado do Rio Grande do Norte e completa 36 anos nesta segunda-feira (4).

Ao longo destas quase quatro décadas, a Banda Grafith superou desafios, quebrou paradigmas, venceu preconceitos, tornou-se referência, acumulou fãs e fez história. Os vários momentos do Carnaval em Macau, quando mais de 100 mil pessoas seguiram o som do Grafith, a participação expressiva no Carnatal, o recente show no Teatro Riachuelo e as homenagens recebidas refletem a importância do grupo para a cultura potiguar e para o povo norte-rio-grandense.

A história da Banda Grafith começou em 4 de novembro de 1988, quando os irmãos Kaká, Carlinhos, Joãozinho e Júnior uniram talentos para formar o que se tornaria uma das maiores atrações musicais do Rio Grande do Norte. O grupo cresceu, consolidou-se e hoje mantém uma agenda de apresentações lotada, com média mensal de 15 shows que, no verão, chega a dobrar. Ao longo dos anos, a banda acumulou convites para eventos, formaturas, confraternizações e, especialmente, para carnavais, onde é uma das atrações mais requisitadas.

Com o reconhecimento oficial pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o Projeto de Lei nº 386/2023, de autoria da deputada Eudiane Macedo, declarou a Banda Grafith patrimônio cultural imaterial do estado. O projeto foi aprovado por unanimidade na última terça-feira (29), reforçando o valor histórico e cultural do Grafith. A deputada destacou a importância da banda, ressaltando que ela “quebrou paradigmas e superou preconceitos”, tornando-se referência para gerações de norte-rio-grandenses. Agora, o projeto aguarda sanção da governadora Fátima Bezerra.

Recordando a trajetória, Júnior Grafith falou sobre as dificuldades no início, em especial nos anos 90, quando o mercado era dominado pelo forró e pelas bandas cearenses. “Olha, 36 anos não são 36 dias e o início da nossa carreira foi repleto de desafios. Era uma época em que precisávamos construir uma visão de mercado para nos estabelecermos e alcançarmos o que temos hoje. Enfrentamos grandes problemas, especialmente no início, quando nada é fácil. Nos anos 90, entre 1991 e 1992, passamos por momentos difíceis, com queda de público, pois as bandas de forró estavam em alta. As bandas de Fortaleza dominavam o mercado, era uma “febre” e o público que atraíamos era mais limitado. Mas, apesar disso, sempre tivemos um grupo fiel de fãs que nos acompanhava, e somos muito gratos a eles. Esse apoio dos fãs passou de geração para geração, de pai para filho. O começo dos anos 90, principalmente entre 1992 e 1994, foi um período muito desafiador, mas, graças a Deus, superamos, fizemos nossa história e hoje estamos aqui com todo esse reconhecimento”, pontua.

Ao recordar os marcos da carreira, o Carnaval de Macau de 2000 aparece como um dos momentos mais memoráveis. “Em 2000, demos um grande passo no Carnaval de Macau, onde arrastávamos cerca de 100 mil pessoas no famoso Mela Mela. Tenho uma enorme gratidão pela oportunidade que tivemos em Macau de reunir um público tão grande, sendo uma verdadeira vitrine para o Nordeste e, talvez, até para o Brasil. Em seguida, veio o Carnatal, outro marco importante na nossa trajetória. Agora, em 2024, estamos participando novamente desse grande evento, o que é muito especial para nós. Além disso, temos o aniversário da banda, que também é uma ocasião marcante desde o começo. Todos os anos realizamos um evento em que a Grafith toca sozinha, e medimos o quanto nosso público é fiel, sempre comparecendo em grande número”, explica Júnior Grafith.

Sobre o reconhecimento do público e até da classe política, Júnior Grafith fala em gratidão. “Esse reconhecimento como patrimônio cultural do RN veio para abrilhantar mais ainda nossa carreira e nos enche de gratidão ao nosso público, à deputada Eudiane Macedo, que foi a propositora do projeto, e aos demais parlamentares que foram favoráveis a ele. Também já recebemos homenagens da Câmara Municipal de Natal, a medalha Luiz Gonzaga, por meio do Comando da Polícia Militar. Então, são homenagens que nos engradecem e que nos deixa muito felizes e gratos”, afirma.

O mês de novembro é especial para a banda, sendo tradicionalmente celebrado com uma grande festa em Natal para celebrar o aniversário da banda. O show comemorativo ao aniversário de 36 anos do Grafith será no próximo sábado (9), a partir das 21h, na Shock Casa Show. Senhas antecipadas estão à venda na Rede Mais Supermercados (Compre Bem/Cidade da Esperança, Pajuçara, Redinha) e Redenção Sport Surf (Shopping 10/Partage Norte Shopping) e Adrenalina Sport Wear. Vendas online por meio do site OutGo. Os ingressos já estão em seu terceiro lote.

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