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Nessa quarta-feira (8), a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), em nota à imprensa, divulgou o apoio à mobilização Nacional dos Bolsistas Mais Médicos. O movimento de estudantes reivindica a implantação de uma política de assistência estudantil pelo Ministério da Educação (MEC) voltada a assegurar a permanência e a formação desses alunos. A ANUP, por sua vez, explicitou o porquê da necessidade desta política.
“É imprescindível regulamentar uma política de assistência estudantil para os alunos dos cursos de Medicina do Programa Mais Médicos. Mas é preciso que essa política ofereça, efetivamente, condições para que esses jovens se mantenham estudando e se formem”, defende Elizabeth Guedes, presidente da ANUP. “A adesão da ANUP a este movimento reflete não só nosso compromisso com a qualidade da educação médica, mas também com a justiça social e o acesso à saúde para todos os brasileiros”, acrescenta.
Segundo o movimento estudantil, a falta desses incentivos representa mais uma dificuldade aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica que possuem bolsas de estudo nas faculdades de Medicina com cursos autorizados conforme a Lei do Mais Médicos.
O movimento foi criado há pouco mais de um ano. Além da ANUP, o grupo também conquistou apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A ANUP entende que a sobrevivência do Programa Mais Médicos enquanto uma importante política de interiorização da educação médica e da assistência à saúde, que completou dez anos em janeiro de 2014, depende também da implementação de uma política de assistência e permanência dos estudantes em sala de aula. A associação reconhece os desafios enfrentados pelos bolsistas, sobretudo em questões relacionadas à acessibilidade, necessidades específicas de saúde e dificuldades financeiras que exercem forte impacto no processo de formação.
De acordo com Jefferson Alves, presidente da Associação Nacional dos Bolsistas Mais Médicos e estudante do 5º período de medicina em Bacabal (MA), o ministro Camilo Santana anunciou publicamente, em dezembro do ano passado, que a bolsa de permanência seria regulamentada ainda em 2024. Até agora, contudo, não houve qualquer indício de uma movimentação nesse sentido.
“É inadmissível que, ao longo desses dez anos, esse tema não tenha sido abordado”, lamenta o estudante.
Ainda segundo Jefferson, só com a regulamentação de uma assistência estudantil será possível evitar que mais estudantes percam a bolsa ou tranquem o curso por causa das dificuldades socioeconômicas que enfrentam.
“Quem sofre as consequências disso é o filho da dona Maria e do seu João, que, além da jornada integral de estudos, precisa trabalhar para sobreviver e não pode diminuir o rendimento acadêmico, pois em caso de reprovação perderá a bolsa de estudos. A nossa luta é por dignidade. Quem entrou na faculdade quer a garantia de que irá se formar”, frisa.
Confira o pronunciamento do presidente da Associação Nacional dos Bolsistas Mais Médicos: https://www.instagram.com/reel/C6tO17-L01r/?igsh=MTU1ZDNneDd0em02dA%3D%3D
O post ANUP apoia mobilização de estudantes de medicina do Mais Médicos por política de assistência estudantil apareceu primeiro em Mais Brasília.