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A quadra chuvosa histórica que o Ceará teve em 2024 gerou o maior aporte aos açudes do Estado em 15 anos: em junho, os 157 reservatórios estavam quase 57% cheios. Seis meses depois, o volume já reduziu em 2,43 bilhões de metros cúbicos – valor que supera o tamanho do Orós, o segundo maior açude do Estado, e que representa quase um terço do Castanhão. Em 2024, de toda a água que saiu dos açudes no segundo semestre, cerca de 51% (ou 1,24 bilhões de m³) foram de fato utilizados para abastecimento da população, atividades agrícolas ou outros usos.
Apesar de o Ceará iniciar o ano com boa reserva hídrica de modo geral, o diretor de operações da Cogerh destaca que algumas áreas do Estado, historicamente, exigem mais atenção, já que costumam receber aportes menores.
Dados da Cogerh mostram que, neste início de ano, as bacias dos Sertões de Crateús, Médio Jaguaribe e Banabuiú amargam os piores cenários: a primeira tem apenas 12,8% do volume preenchido; a segunda, 28,1%; e a terceira está cheia com 35,8% da capacidade total. Juntas, elas somam 44 dos 157 açudes monitorados.