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O suspense sobre o futuro do comunicado final dos líderes do G20 continua, mas agora tudo indica que a Argentina estaria mais calma e disposta a aceitar o documento. Depois de todas as idas e vindas, o governo brasileiro se mantém em compasso de espera, pois sabe que tudo pode acontecer até amanhã. Até agora, o maior temor da presidência brasileira não se concretizou.
Havia possibilidade de as negociações terem de ser reabertas por conta da insatisfação dos países do G7 em relação à mobilização na Ucrânia. A Rússia fez ontem (17/11) o maior ataque desde agosto, enquanto EUA autorizaram uso de armas de longa distância de sua fabricação pelos ucranianos. Hoje, França e Reino Unido seguiram na mesma linha.
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Ainda na primeira sessão da cúpula, Javier Milei também fez seu primeiro pronunciamento, que teve tom professoral e bem menos confrontador do que se imaginava, além de defender o multilateralismo. O presidente argentino ainda fala nesta tarde sobre reformas da organizações de Bretton Woods.
A Argentina, que chegou a dizer que não iria aderir à aliança global contra a fome e a pobreza, acabou fazendo. Milei entende que programas devem promover o empreendedorismo e criar empregos. Mais cedo, disse que sequer participaria da chamada foto de família dos chefes de Estado e de governo, mas mudou de ideia. Quem acabou não saindo foram Trudeau, do Canadá, e Geórgia Melonia, da Itália, pois se atrasaram em reuniões bilaterais. Biden também chegou a tempo, mas diz-se que foi calculado.
Existe uma polêmica em torno da tradicional foto de fim de cúpula neste G20, onde os líderes não querem aparecer junto do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Era para a foto, então, ser a da aliança, já que se tratava de tema incontroverso. A avaliação do governo brasileiro é a de que Milei percebeu seu país isolado no G20, portanto fez a mudança.
Transparência e responsabilidade continuam no texto do comunicado para trecho sobre integridade da informação e plataformas digitais. O tema é prioridade da presidência brasileira do G20. O comunicado é longo e tem 69 parágrafos.