Argentina se retira da COP29 e é motivo de preocupação no G20 no Rio

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Precificado o efeito da vitória de Donald Trump na reta final do G20, a grande incógnita agora pode estar na Argentina de Javier Milei. Os sinais contraditórios do país vizinho nas negociações preocupam o governo brasileiro às vésperas de se aprovar o comunicado final dos líderes. O documento só sai se houver consenso.

A participação argentina neste G20 do Brasil se deu de maneira errática. A Casa Rosada enviou para as reuniões funcionários sem expressão ou de escalão abaixo do observado entre as delegações presentes. Desde que as declarações ministeriais voltaram a ser aprovadas em consenso a partir de julho, a Argentina não demonstrou entusiasmo. Tampouco atrapalhou. Afinal, também tem a ganhar.

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Mas fez questão de bloquear o consenso no GT de empoderamento feminino e de soltar nota rejeitando a declaração final do GT de cultura, pouco depois de divulgado o texto. Agiu sobre as chamadas pautas de costumes.

Não se sabe o que esperar agora do líder do país vizinho. Milei está confirmado na cúpula do G20. Ele desembarca no Rio recém-chegado de Mar-a-Lago, onde ocorrerá a Conferência Política de Ação Conservadora (Cpac), na Flórida. Ele será um dos oradores, o único líder latino-americano, e será ouvido por Trump e seu vice-presidente eleito, J.D. Vance. A conferência ocorre nestas quinta e sexta-feira, em Palm Beach.

Eles foram a surpresa da COP29 nesta primeira semana de negociações. No início da noite de terça-feira, a delegação argentina foi instruída a retirar-se sem maiores explicações. Não irão bloquear nada, nem acompanhar consenso. Estarão ausentes, como se não tivessem ido. Os argentinos estavam na coordenação do Grupo SUR. Pediram reunião urgente e avisaram antes de mais nada o Brasil.

O Grupo SUR continuará a se coordenar, mas nas suas intervenções não deve mencionar a Argentina. Dois negociadores teriam chorado. A chefe de delegação argentina era a embaixadora do país no Azerbaijão.

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