No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Atenção aos detalhes na lavoura: produtora se dedica à organização e planejamento

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Foto: Caroline/Arquivo Pessoal

Nascida e criada no interior de Tapera (RS), a produtora de soja, Caroline Maldaner Follmer, de 26 anos, vem de uma família dedicada ao agronegócio. A agricultura sempre foi a principal fonte de renda da família, com propriedades em Tapera e Lagoa dos Três Cantos. Desde cedo, Caroline demonstrou interesse pela área agrícola e buscou educação técnica, formando-se como Técnica em Agropecuária e, posteriormente, como Engenheira Agrônoma.

Após atuar por três anos como Agrônoma em uma empresa de sementes forrageiras, a produtora de soja decidiu se dedicar totalmente à sua família e à propriedade rural, ao lado de seu pai e esposo. Sua irmã, que também cresceu no campo, estuda em outra cidade, permitindo a Caroline assumir mais responsabilidades nas atividades agrícolas.

A soja no caminho

A cultura da soja, predominante na região e principal fonte de renda da família, despertou seu maior interesse. Caroline conta que, antes de se aprofundar na faculdade, não tinha total ciência dos desafios de uma lavoura de soja. ”Não sabia o que estava por trás de uma safra de sucesso. Hoje, depois de muito estudo e prática, sei o quão complexo e gratificante esse trabalho pode ser”, relata.

Mulheres em campo

Caroline é uma das muitas mulheres que quebram barreiras no campo. Embora enfrente preconceitos, especialmente em um setor tradicionalmente dominado por homens, ela vê a presença feminina como um diferencial para os resultados da lavoura.

“Embora as mulheres possam não ter tanta força física, têm uma visão mais minuciosa e detalhista, o que é importante no planejamento e na execução das atividades diárias no campo”, afirma Caroline. Para ela, a presença feminina traz uma nova perspectiva de gestão, com atenção especial à organização financeira, planejamento estratégico e cuidados específicos com a lavoura.

O manejo da soja

Atualmente, Caroline dedica grande parte do seu tempo ao manejo da soja. A safra está plantada em sua totalidade, e as aplicações de herbicidas, inseticidas e fungicidas já estão em andamento. A agricultura de precisão tem sido uma aliada importante, permitindo o controle eficiente de recursos e insumos.

A preparação para uma boa safra começa muito antes da semeadura. O planejamento das áreas agrícolas inclui práticas sustentáveis, como o uso de plantas de cobertura no inverno. ”Elas ajudam a proteger o solo da erosão, melhoram as características físico-químicas do solo e diminuem a incidência de plantas daninhas. Além disso, algumas podem ser colhidas e gerar uma fonte adicional de renda”, explica.

Outro aspecto importante é a escolha das cultivares e o escalonamento da semeadura. Caroline e sua família selecionam as variedades de soja que melhor se adaptam a cada tipo de solo e que possuem maior resistência a doenças. “Essa escolha estratégica é essencial para garantir um bom potencial produtivo”, comenta Caroline.

Em relação à adubação, Caroline adota uma abordagem cuidadosa, que realiza a adubação em linha durante a semeadura e também no inverno, para evitar a perda de nutrientes essenciais para o desenvolvimento da soja.

Desafios e adaptações

A lavoura de soja enfrenta uma série de desafios. Um dos maiores problemas, especialmente para mulheres agricultoras, é o preconceito. Embora tenha encontrado respeito e reconhecimento em sua família, Caroline ainda percebe resistência por parte de algumas pessoas do setor. ”A falta de experiência e a falta de diálogo geram questionamentos. Porém, a prática é o que nos faz crescer e conquistar nosso lugar no campo”, afirma.

Além disso, a variabilidade climática é um desafio constante. Anos com chuvas excessivas exigem manejo diferente em comparação com anos secos, impactando diretamente as decisões sobre controle de pragas, doenças e a escolha de cultivares. A soja, assim como outras culturas, está sujeita a doenças e pragas que prejudicam a produtividade. Fungos, como a ferrugem asiática, e insetos, como a lagarta da soja, exigem vigilância constante e aplicação de defensivos agrícolas.

Outro desafio é a qualidade do solo. Algumas áreas apresentam problemas de compactação e falta de nutrientes, o que pode afetar o crescimento da soja. Caroline explica que o tratamento de sementes é fundamental para mitigar esses problemas e garantir o bom desenvolvimento da cultura.

Perspectivas para o futuro

Caroline vê o futuro da agricultura com otimismo, especialmente no que diz respeito ao papel crescente das mulheres no setor. ”A mulher do campo é mais do que uma força de trabalho, ela é uma gestora, uma planejadora e uma fonte de inovação. No nosso trabalho, cada detalhe importa, e a presença feminina faz toda a diferença”, afirma.

Ela acredita que a agricultura está se transformando, com novas tecnologias, práticas sustentáveis e o maior envolvimento das mulheres sendo fatores determinantes para o futuro do setor.

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