Auditores agropecuários recusam contraproposta do governo e mantêm mobilização

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Em assembleia geral realizada nesta terça-feira (5), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) rejeitou a contraproposta de reestruturação da carreira apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), na sexta-feira (1º).

Segundo o Anffa Sindical, os auditores fiscais federais agropecuários vão continuar a mobilização nacional.

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Na “Operação Reestruturação”, os auditores agropecuários reivindicam ao governo melhores salários e condições de trabalho. A categoria quer a equalização da carreira em relação ao tratamento recebido pelos auditores do trabalho, da Receita Federal e da Polícia Federal.

O movimento, que teve início no fim de de janeiro, não é classificado como greve, permitindo a continuidade das atividades essenciais relacionadas à defesa agropecuária.

Entre essas atividades estão o diagnóstico de doenças e pragas conforme programas de controle estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a emissão de Certificados Veterinários Internacionais para viagens de animais de estimação e a inspeção de cargas vivas e perecíveis.

Durante este período, os auditores deixam de realizar horas extras não remuneradas, limitando-se a trabalhar dentro de suas jornadas regulares.

O MGI não divulgou uma possível data para uma nova reunião. Após o resultado de rejeição da proposta, o Anffa Sindical informará aos Delegados Sindicais as próximas decisões a serem tomadas.

Entidade protesta

No fim de fevereiro, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) disse que está “enfrentando dificuldades” por causa da mobilização dos auditores.

Segundo a ABPA, a atitude “coloca em risco cargas vivas e compromete a importação e exportação de material genético, que são altamente sensíveis ao tempo de trânsito. No curto prazo, o retardo das linhas de produção provocado pelo movimento poderá impactar a oferta de produtos”.

Em Foz do Iguaçu (PR), junto à fronteira com o Paraguai, a mobilização de fiscais agropecuários está atrasando a liberação de cargas no Porto Seco.

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