Aumento de chuva em fevereiro favoreceu lavouras de soja no RS, diz Emater

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A área cultivada com soja no Rio Grande do Sul foi reavaliada em 6.681.716 hectares, sendo 0,35% superior aos 6.658.472 hectares cultivados na safra 2022/2023, de acorodo com a Emater/RS-Ascar.

Na projeção realizada em agosto de 2023 pelo órgão, a área seria ainda superior (em 0,94%), mas a dificuldade de implantação de lavouras, devido às condições climáticas adversas, como chuvas recorrentes durante um longo período, impediu esse crescimento.

No entanto, as sucessivas precipitações, apesar da distribuição geográfica desuniforme, proporcionarão um aumento na produtividade em 70,83% se comparado à temporada passada:

De 1.949 kg/ha (32,4 sacas)

Para 3.329 kg/ha (55,4 sacas)

Produção total de soja

Em decorrência do aumento de rendimento médio das lavouras, a produção estadual da oleaginosa deverá alcançar 22.246.630 toneladas, sendo 71,52% maior do que em 2023, quando chegou a 12.970.362.

De acordo com a Emater/RS-Ascar, em termos de cultivo, as lavouras apresentaram melhora significativa após o aumento da frequência de precipitações, em fevereiro. O volume ultrapassou 200 mm em parte do estado, mas, nas Regiões Sul e Campanha, foi significativamente menor, gerando um quadro de estiagem localizado.

A fase preponderante é a de enchimento de grãos, abrangendo 68% dos cultivos. A maturação atinge 8%, e algumas lavouras, ainda sem relevância estatística, foram colhidas.

Ferrugem-asiática ameaça

Fotos: ANeto

A pressão de doenças, especialmente ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), permanece elevada, antecipando a queda de folhas baixeiras em áreas no estágio inicial de maturação.

Segundo o Consórcio Antiferrugem, até o momento o Rio Grande do Sul é o segundo estado com mais focos da doença, com 104 registros. Em primeiro aparece o Paraná, com 128 casos.

Locais com ineficácia na aplicação de fungicidas, como oscilação das barras, proximidade de obstáculos e bordaduras de lavouras revelam desfolha prematura das plantas, indicando severidade da ferrugem, relata a Emater.

Conforme o órgão estadual, os produtores estão monitorando continuamente a pressão de doenças, reduzindo o intervalo entre as aplicações de fungicidas e optando por produtos de ação tópica em detrimento daqueles que penetram na estrutura foliar para evitar o aumento do estresse das plantas.

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