BDM Express: Mudança das metas é recebida com pessimismo

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Uma notícia boa, o PIB forte na China (+5,3% no 1Tri), e uma apreensão, a resposta que Israel dará ao Irã. Esse é o cenário de fundo no exterior que conduz os mercados globais, nesta 3ªF. Somem-se as apostas crescentes em um adiamento do corte de juros nos Estados Unidos. Na agenda em NY, são destaques hoje a produção industrial (10h15) e a participação de Powell em um debate (14h15). Antes da abertura, Morgan Stanley e BofA divulgam balanços.

Aqui, a questão fiscal volta a assumir protagonismo e o topo das preocupações, depois que a Fazenda jogou a toalha e revisou as metas fiscais dos próximos anos no projeto da LDO/2025.

A reação dos mercados foi pior do que o esperado. As coisas já estavam malparadas desde a antecipação dos gastos em R$ 15,7 bilhões na semana passada. Agora, o arcabouço entrou no alvo das críticas.

A revisão da meta de 2025, de superávit de 0,50% do PIB para zero, confirmada horas antes por Haddad em entrevista à GloboNews, era apenas uma parte da história. O governo flexibilizou também as metas de 2026 e fixou metas modestas para 2027 e 2028.

A Fazenda, que esperava atingir superávit de 1% do PIB em 2026, espera agora esse resultado apenas para 2028. Para 2026, a meta de superávit foi reduzida para 0,25% e para 2027, definida em 0,50%. Em todos os casos com uma banda de 0,25 ponto percentual. A projeção para a dívida bruta sairá de 76,6% do PIB neste ano para atingir o pico de 79,7% em 2027.

Em NY, Campos Neto foi questionado sobre as mudanças e, embora tenha ressalvado que deve se abster de comentar a política fiscal, admitiu que, “se houver a percepção de que não existe âncora fiscal, isso torna o trabalho do BC mais difícil”.

A boa notícia vem da China, que reportou hoje um PIB no 1Tri (+5,3%) acima do esperado (4,5%) e de sua meta de crescimento de 5%. Na margem, sobre o 4Tri, o PIB cresceu 1,6%. As vendas no varejo chinês cresceram 3,1% em março (previsão: +4,5%) e a produção industrial subiu 4,5% (previsão: +5,5%).

AGENDA – Os dados da produção industrial nos EUA (10h15) podem subir 0,4% em março, após +0,1% em fevereiro. Antes, a balança comercial de fevereiro na zona do euro e o índice ZEW de expectativas econômicas na Alemanha em abril abrem o dia.

A Reunião da Primavera do FMI e do Banco Mundial movimenta o noticiário. Haddad e Campos Neto representam o Brasil.

Aqui, a FGV divulga o IGP-10 de abril, que deve recuar 0,19% (-0,17% em março) e a 2ª prévia do IPC-S às 8h. Às 8h25, sai a Focus.

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