‘BH está se descobrindo de direita’, diz Bruno Engler, pré-candidato de Bolsonaro

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Bruno Engler (PL) acha que desta vez Jair Bolsonaro (PL) vai fazer diferença. Em 2020, ele foi um dos poucos candidatos a receber apoio do então presidente, e mesmo assim ficou um pouco abaixo dos 10% de votos em um distante segundo lugar contra o então prefeito Alexandre Kalil, que conseguiu a reeleição. O JOTA publica de segunda-feira (8/4) a sexta-feira desta semana (12/4) uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito de Belo Horizonte. 

O deputado estadual diz que agora está no mesmo partido do presidente e com estrutura para que todos saibam disso. Antes no nanico PRTB, não tinha tempo de TV nem participação garantida nos debates. E diz que muitos depois lamentaram não ter sabido a tempo que o presidente tinha um aliado na disputa.

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Em uma cidade em que Bolsonaro teve mais de 55% dos votos no segundo turno, Engler aposta tudo na identificação. Sua ênfase está na segurança pública, a pauta preferida pelos bolsonaristas em todo o país. Sem PM, aposta na Guarda Municipal. Para a educação, escola cívico-militar. 

Ativista digital e apoiador de Bolsonaro nas redes desde que o então deputado federal era visto como uma figura sem importância pelos políticos tradicionais, Engler considera que a polarização é positiva em uma eleição municipal para guiar a escolha dos eleitores. Mas a nacionalização tem limites em tempos de Bolsonaro inelegível e sob cerco judicial, como mostra a única pergunta que preferiu não responder.   

Leia a entrevista com Bruno Engler, pré-candidato de Bolsonaro à Prefeitura de Belo Horizonte

Por que o senhor se considera o melhor candidato a prefeito de Belo Horizonte? 

Olha, a gente apresenta um projeto para BH de fazer uma prefeitura mais moderna. Acho que a cidade hoje está parada no tempo. É uma cidade que está muito largada. A gente quer fazer uma cidade menos burocrática, que facilite a vida daqueles que geram emprego e renda e realmente fazem a economia da cidade girar. 

E por que o senhor se considera a melhor pessoa para isso? O senhor nunca foi administrador e não tem, segundo seu currículo, nenhuma formação específica em gestão pública. Por que o senhor é o melhor candidato para isso?

Na verdade, no final do ano eu me formo em gestão pública. Sim. Eu estou agora no terceiro período do curso de dois anos. 

Onde?

Independente disso, o que a gente entende é que você não precisa conhecer todas as áreas. Você precisa escalar o melhor time. Hoje eu represento amplamente o campo da direita aqui em Belo Horizonte com apoio do ex-presidente Bolsonaro, do [deputado federal] Nikolas, do senador Cleitinho. E a gente busca fazer uma política que não é viciada. Então, a gente não tem compromissos de loteamento da prefeitura. Pelo contrário, a gente quer fazer uma prefeitura com quadros técnicos, com secretários e subsecretários competentes que possam, de fato, levar o melhor serviço para a população.

O senhor já tem o mapeamento de quem seria essa equipe?

Sim, a gente já está fazendo um mapeamento, um levantamento de nomes que sejam técnicos. Mas, independente disso, uma vez a gente ganhe a prefeitura em outubro, a gente tem até janeiro para, de fato, confirmar a indicação dessas pessoas. A gente não tem aversão à construção política, mas a gente quer pessoas que realmente sejam de cada área específica e que tenham competência técnica para gerir as pastas às quais foram indicadas. 

Em 2020, o  senhor foi um dos poucos candidatos a prefeito que o então presidente, que não tinha partido, apoiou abertamente. E teve perto de 10% dos votos. O que o senhor acha que mudou de lá para cá para que esse apoio possa fazer mais diferença? 

Olha, eu acho que mudou a questão da estrutura. Quando eu fui candidato há 4 anos, eu fui candidato em um partido na nanico. 

O PRTB.

É, o PRTB. Zero segundos de rádio, zero segundos de televisão. Teve apenas um debate de televisão, que foi o da Bandeirantes. E eu não fui chamado, porque eles não eram obrigados a chamar candidato do PRTB. Hoje a gente vai estar no PL, que é o partido que tem o maior tempo de rádio e televisão, tem a participação obrigatória nos debates. Então eu vou ter a oportunidade de levar a minha mensagem, o meu projeto, de maneira muito mais ampla. Inclusive, após o ciclo de 2020, muita gente até me procurou e falou “Poxa, se eu soubesse que seria o candidato do Bolsonaro, eu tinha votado em você”. A gente fez o maior esforço para levar essa informação, mas a gente não tinha esse vetor de difusão. A gente vai ter essa linha direta para com o cidadão. Faz diferença mesmo. 

O senhor acha que vai só com o PL ou que é possível atrair algum partido? Em BH vemos a esquerda e a direita muito fragmentadas. É possível algum tipo de aliança ainda no primeiro turno?

Acredito que sim. A gente tem conversado com outros partidos, também da direita e da centro-direita, que a gente entende que podem estar somando ao nosso projeto. Até o momento nada fechado. E a gente constrói também junto ao governo de Minas, com o qual a gente tem uma boa relação. Hoje eles têm uma pré-candidata, que eu respeito. Mas a gente está construindo para ver se a gente consegue fazer uma parceria ainda no primeiro turno. E se não for possível, eu espero que o governador esteja conosco para apoiar no segundo turno. 

E existe alguma possibilidade de aliança com o governador Zema no primeiro ainda? 

Eu acho que a possibilidade existe. Essa porta não foi fechada. Mas é uma construção. Hoje tem uma candidatura do governador. É uma candidatura legítima, tem que ser respeitada. Mas eu acho que até o período das convenções, em agosto, tem margem para conversar e para construir. Como eu falei, mesmo que a gente não consiga estar junto no primeiro turno, que é uma situação compreensível, eu espero que em um eventual segundo turno o governador esteja conosco, sim.

O senhor era vice-líder do governo na Assembleia até sair em uma divergência pelo aumento do ICMS dos supérfluos. De lá para cá, melhorou a relação com o governador Zema?

Olha, a nossa relação sempre foi muito tranquila. Eventualmente a gente tem alguma divergência pontual, como foi a questão do ICMS, mas a gente sempre tem uma linha direta de diálogo, de construção. E o que eu sempre tenho nas minhas conversas com o governador e com os integrantes do governo é que a gente tem muito mais semelhanças do que diferenças. Então não tem nenhuma porta fechada para que a gente possa caminhar junto e nenhum tipo de rusga com o governador.

O senhor pode dizer algumas propostas específicas para a cidade que vai defender e tentar implementar?

Olha, no nosso entender, a gente precisa ter como prioridade a questão da segurança pública e da sensação de segurança. Eu acho que hoje a Guarda Municipal está sendo subutilizada. Eu acho que a gente pode fazer uma integração junto às forças do estado, que tem, infelizmente, um efetivo reduzido, para que a guarda municipal possa ter uma relação com o governo. Para que a guarda se faça mais presente e possa ajudar na segurança dos belo-horizontinos. A questão do transporte público, que é muito criticada. Eu acho que a gente precisa exigir das empresas de ônibus o cumprimento daquilo que está no contrato. É até importante que a gente já tenha uma legislação que coloca punições para o que não seja cumprido. Então, eu acho que precisa ter uma fiscalização maior por parte da prefeitura nesse sentido. Eu acho que a gente precisa também de um investimento muito grande em infraestrutura de chuvas, porque a gente tem um problema muito grave de enchente. Eu acho que quem bate no peito e fala “vou resolver, vou acabar com a enchente” está querendo enganar a população. Não tem como acabar com a enchente. Mas é possível diminuir o problema. A gente tem conversado com alguns engenheiros, com vários técnicos da área, que apresentam algumas propostas de solução para que diminua a intensidade e a gravidade da chuva, esse problema que tanto aflige os belo-horizontinos. Mas eu diria que hoje as principais prioridades de um eventual governo meu seriam realmente reforçar essa questão da segurança pública, o transporte público, mobilidade urbana, que é caótico, e esse problema crônico que infelizmente a gente tem na capital, que é a questão das enchentes. 

Em relação ao transporte público e às enchentes, a prefeitura tem dito que do ano passado para cá foram colocados 660 novos ônibus e que melhorou. Segundo eles, 80% dos ônibus de Belo Horizonte hoje têm ar-condicionado. Sobre as enchentes, a prefeitura tem dito que este ano foi o primeiro ano sem vítimas, sem grandes enchentes, ou seja, que isso já está melhorando. O senhor tem visto essa melhora? 

Eu acho que se você perguntar a qualquer belo-horizontino que faz uso do transporte público, a turma não está satisfeita. Inclusive, a prefeitura chegou a deixar a passagem ficar um tempo acima dos 6 reais, que é uma situação inaceitável e foi preciso uma construção junto à Câmara dos Vereadores para diminuir esse valor para baixo dos 6 reais. E ônibus não passa na hora, o ônibus atrasa, muitas vezes o trabalhador chega atrasado no trabalho, a gente enfrenta a questão de ônibus superlotado. Então, assim, a prefeitura tentar dizer que a questão do transporte público está bom, não condiz com a realidade de quem depende do transporte público. Em relação às enchentes, a gente viu enchente novamente este ano com a questão grave. Eu acho assim, está sendo feito um investimento que é importante, mas eu acho que dá para ter um investimento mais inteligente de infraestrutura de chuvas do que aquele que já está sendo implementado. 

Por exemplo? 

Por exemplo, o que me foi apresentado há 4 anos, que não é feito pela prefeitura. A prefeitura agora está fazendo os piscinões para segurar a quantidade de água. Uma das coisas que nos foi apresentada é uma infraestrutura dentro da via pluvial… fluvial… que você consiga fazer uma espécie de embarreiramento, porque um dos problemas que a gente tem é o relevo. Você tem os bairros mais altos, igual ao Serra, onde eu cresci, que não inundam, porque são altos. Mas a gente cimentou, asfaltou, tirou a capacidade de filtração do solo. Então a água corre muito rápido para as bacias hidrográficas, onde eram os rios, hoje cobertos por avenidas. E a bacia tem uma capacidade de vazão limitada. O que nos foi apresentado seriam mecanismos para diminuir a velocidade que essa água chega até a bacia hidrográfica, para que ela tenha capacidade maior de vazão e você diminua a ocorrência de enchentes. E outra coisa que a gente está estudando é o cimento e asfalto com permeabilidade maior. É uma tecnologia nova que vai impedir que essa água também corra com maior velocidade. Acho que o modelo antigo tem sua utilidade e deve ter seu investimento, mas a gente precisa estudar também outras soluções que venham mitigar o problema. 

Em relação à educação das escolas e creches, quais são as suas propostas? 

Olha, primeiro a gente acredita muito no modelo cívico-militar, é algo que a gente apresentou há quatro anos e a gente conhece prefeituras, até mesmo aqui dentro de Minas Gerais, que propõem esse modelo. Eu acho que ele pode ser feito, não em todas as escolas, mas em algumas escolas, até porque é um modelo que funciona. As duas escolas estaduais que tiveram esse modelo implementado aqui em BH foi uma aprovação muito grande e tem fila hoje dos pais para matricularem alunos nessas escolas. E outra questão que a gente quer fazer também. Uma das coisas que a gente estuda também, que a gente acha que pode ser feito no campo da educação, principalmente creche, educação infantil, é parcerias com o setor privado também. A gente estuda a possibilidade de estar implementando até um sistema de voucher para suprir a demanda, porque a gente sabe que muitos pais não conseguem matricular os seus filhos na rede municipal, então… 

O senhor sabe qual é a defasagem? Qual é o déficit? 

Não, o número hoje eu não sei. Mas eu sei que tem fila de espera. Sim. Sobre a escola… 

Sobre a escola cívico-militar, lugar de policial não é na rua fazendo a defesa do cidadão e lugar de professor não é na escola ensinando? O que ganha a educação com o militar na sala de aula e o que perde a segurança pública com o militar fora da rua? 

Bom, primeiro que o militar não dá aula. Isso aí é um equívoco. No modelo cívico-militar, ele não coloca o militar na sala de aula. No modelo cívico-militar, ele passa a gestão para o modelo militar, mas o ensino é feito pelos professores e o conteúdo é mantido de acordo com aquilo que é determinado na base curricular. Só que o que acontece? A gente tem, em algumas áreas, uma dificuldade de implementação da disciplina. E o ambiente cívico-militar cria. Esse ambiente de hierarquia e disciplina que propicia um aprendizado muito maior. E o fato é que, assim, existe a teoria e existe a prática. E na prática a gente vê que funciona. A gente já tem escolas desse modelo em Belo Horizonte. São escolas extremamente procuradas. Os colégios que são, de fato, da polícia militar, que são os colégios de Tiradentes, são todos colégios de referência. Foram criados para atender os filhos de policiais militares. E aqueles que não são policiais militares também ficam lá. Então, é uma dificuldade. Os policiais militares também ficam disputando as vagas que sobem. Então, assim, não adianta querer brigar com a realidade. A gente sabe que funciona. Não é para substituir o professor. Pelo contrário, é para dar ao professor um ambiente com a hierarquia e disciplina para que você possa, de fato… 

E esse militar que está lá, não seria melhor ele estar na rua fazendo segurança pública? 

Não, mas a maioria dos modelos que a gente vê são pessoas reconvocadas. Pessoas que já estavam na reserva. E que fazem essa gestão. Existe uma…

O senhor tem uma aliança antiga com o hoje deputado federal, Nikolas Ferreira. E algumas pessoas se preocupam com a ideologização da educação por parte da direita. Como o senhor vê essa questão da ideologia na escola? É tirar a ideologia ou é colocar a ideologia de direita? 

Não! É tirar a ideologia… Eu acho que a escola existe para ensinar as crianças o conteúdo programático. Sabe? Física, física, biologia, química… 

E literatura, história, sociologia, filosofia…  

Literatura, história, filosofia, sociologia… Mas o que eu digo não é para você tentar impor uma ideologia para as crianças. E, de maneira nenhuma, a gente vê uma questão de ideologia de direita. Quando a gente até fala a questão de livros, o que a gente combate, visa combater, é praticamente uma unanimidade das pessoas. A gente via situações absurdas. De conteúdo sexualmente explícito para criança pequena. Isso não é uma batalha ideológica. Isso é uma coisa que qualquer pessoa decente é contrária. Então, assim, não tem ninguém querendo impor uma ideologia de direita nas escolas. O que a gente quer é que os alunos e as famílias sejam respeitados independente da sua ideologia. E que não tentem impor uma ideologia aos estudantes. Isso não só para BH, mas em todo o Brasil.

BH tem uma Câmara que tinha uma relação difícil com o Kalil e tem tido um histórico de relações conflituosas com os prefeitos, inclusive o atual. Provavelmente o PL não vai fazer maioria. Como o senhor enxerga construir essa relação? 

Olha, realmente a gente enxerga que hoje a prefeitura tem um relacionamento problemático com a Câmara Municipal. Mas a nossa ideia é fazer uma construção com os vereadores que sejam eleitos. A gente quer fazer, sim, uma bancada forte do PL. A gente acredita que outros partidos de centro e centro-direita também terão a sua força dentro da Câmara. E a gente quer buscar fazer uma construção, uma composição, atendendo as demandas dos vereadores naquilo que for melhor para a população belo-horizontina. E, nesse ponto, eu já estou indo agora para o meu sexto ano de parlamento aqui na Assembleia. A gente aprende um pouco sobre a relação do Executivo com o Legislativo. E maneiras que a gente pode trabalhar junto do Legislativo para melhorar a vida da população. Então, é uma incógnita primeiro se nós vamos ganhar a prefeitura, que é o nosso objetivo. E quem serão os 41 vereadores que lá estarão. E a partir do momento que isso for respondido, a gente vai buscar a construção com quem estiver lá.

Belo Horizonte, que teve prefeitos do PT e PSB, tem ido muito mais para a direita. A que o senhor atribui isso? É a questão evangélica? É uma questão de identificação com Bolsonaro? 

Eu acho que Belo Horizonte não está se tornando de direita. Belo Horizonte está se descobrindo de direita. Minas Gerais e Belo Horizonte, capital, sempre foi uma sociedade de valores tradicionais. De valores conservadores. Mas a gente não tinha tanto essa polarização que entrava na pauta dos costumes. Então, a eleição era mais uma eleição de pessoas. Então, a eleição era mais uma eleição de pessoas. Nem tão de ideologias. Ah, acho que fulano é legal. Então, voto em fulano. Independente de qual a siga que ele representasse. E quando veio esse conflito de 2018 do Bolsonaro com o PT, isso se tornou uma coisa mais explícita. O que é direita, o que é esquerda, o que cada um representa, o que cada um acredita. E, naturalmente, uma grande parcela dos belo-horizontinos que tem esses valores mais tradicionais se viu identificado com o lado da direita e buscou também votar nesse sentido. 

E o senhor acha que essa mudança traz alguma vantagem de o eleitor escolher pelo prisma de direita e esquerda, no lugar de escolher a pessoa ou as propostas?

Não, eu entendo que, na verdade, é uma soma de fatores. É a ideologia que o candidato representa e as propostas que ele apresenta para a cidade. Só que, sim, eu acho que pesa a ideologia porque, querendo ou não, a prefeitura vai ditar o rumo que a cidade vai tomar. Então, se você é uma pessoa de direita, conservadora, que defende certos valores, você vai querer uma prefeitura que esteja alinhada com aquilo. Como também se você for esquerdista, você vai querer um prefeito que trabalhe para as pautas da sua visão. Mas, independente disso, claro que você tem que avaliar as propostas que estão sendo apresentadas para a cidade, a capacidade de gestão que aquela pessoa vai ter. Mas, da mesma maneira que você tem que olhar a ideologia no cenário estadual e federal, que a gente viu essa ideologização principalmente na eleição federal, no município não é diferente. É preciso votar com quem você se identifica. 

O senhor falou que tem uma boa relação com o governador Zema. E a relação com o governo federal? O prefeito Fuad nos disse que ele não deve ter o apoio do Lula no primeiro turno, mas que agora tem uma relação melhor com o governo federal. Nas palavras dele, Belo Horizonte era um buraco no mapa do governo Bolsonaro, que não tinha interlocução. O senhor concorda com isso? 

Não. Primeiramente, é uma grande mentira que no governo Jair Bolsonaro, Belo Horizonte era um buraco no mapa. Muito pelo contrário. Inclusive, foi o governo Bolsonaro que, junto com o governo Romeu Zema, assinou toda a papelada e já deixou estabelecido o cronograma da linha 2 do metrô, que a gente espera que seja cumprido, porque é uma demanda muito antiga da população do Barreiro ter essa ligação para com o metrô e é uma das soluções de mobilidade urbana para a nossa capital. Isso foi uma construção do presidente Bolsonaro com o governador Romeu Zema, que precisa ser cumprida pelo atual governo.

Relativamente a uma eventual relação com o governo Lula, eu acredito que a gente terá uma relação institucional. Não é uma questão de gostar ou não do presidente. A prefeitura de Belo Horizonte precisa dialogar com a presidência da República, independente de quem estiver na cadeira. E aí eu pego o exemplo, por exemplo, do governador de São Paulo, Tarcísio, que é um bolsonarista de primeira hora, grande aliado do nosso presidente Bolsonaro, e senta com o governo federal, conversa com o governo federal, porque o estado de São Paulo precisa se relacionar com a União. Da mesma maneira, a prefeitura de Belo Horizonte, enquanto ente federado, ela tem que se relacionar com a Presidência da República. O município tem que se relacionar com a União, independente de quem for o prefeito ou o presidente da República.

O senhor considera que o presidente Lula ganhou a eleição em 2022 para presidente da República?

Eu prefiro não comentar. 

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