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O Brasil projeta encerrar 2024 com cerca de 300 novos mercados abertos para o segmento do agronegócio. Esse objetivo surge após o país atingir, nesta semana, 205 mercados em 60 destinos desde o início do ano passado. “Superamos todas as expectativas e estamos prontos para avançar ainda mais nos últimos três meses”, afirma Roberto Perosa, ministro substituto e secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
Atualmente, cerca de 2 mil processos estão em andamento, buscando novas oportunidades de exportação e ampliação de mercados. Entre as negociações, o Brasil está em discussões para abrir os mercados japonês e sul-coreano para suas carnes, além de aumentar o volume de açúcar e carne bovina exportado para os Estados Unidos. Com a China, principal destino dos produtos agropecuários brasileiros, há mais de 18 itens em pauta, representando um terço das exportações do país.
A abertura de novos mercados é crucial para a economia brasileira, dada a importância do setor agropecuário na balança comercial. Em 2023, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um recorde de US$ 166,55 bilhões, um crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior. O agronegócio foi responsável por 49% da pauta exportadora total do Brasil em 2023, comparado a 47,5% no ano anterior.
Para o setor de proteína animal, que abriu 60 novos mercados, a ampliação das exportações ajudou a mitigar quedas na demanda em certos mercados. “Houve um avanço nas vendas para mercados já abertos, com novas autorizações de frigoríficos e sistemas facilitados de habilitação (pré-listing), como nas vendas para Filipinas, Chile e Cingapura”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA. A indústria projeta exportações recordes de carne de frango e suína, totalizando cerca de 6,575 milhões de toneladas.
Entre os destaques do setor privado, estão as autorizações para venda de carne bovina para o México, após 20 anos de negociações, a exportação de algodão para o Egito e a venda de carne de frango kosher para Israel, o único país autorizado a comercializar frango de acordo com os preceitos religiosos judaicos.
Conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o avanço supera as 186 aberturas entre 2019 e 2021. Em 2023, foram 122 novos mercados, com 26 aberturas em junho, refletindo a competitividade do setor agropecuário, reconhecido em mais de 200 países
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Negociações bilaterais
O processo de abertura de mercados para o agro nacional foi intensificado com inúmeras missões internacionais realizadas pelo ministro Carlos Fávaro e pela equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o objetivo de concluir protocolos sanitários entre o Brasil e os países interessados em receber os produtos nacionais. “Nos últimos 20 meses, alcançamos, em média, uma nova oportunidade de comercialização a cada três dias”, destacou Fávaro.
As perspectivas de abertura de mercados continuam a crescer. Em novembro, haverá uma visita importante do presidente chinês, Xi Jinping. O Brasil está negociando com a China a abertura de mercados para produtos como uvas frescas, gergelim, sorgo, DDGs (grãos secos de destilaria, subproduto do etanol de milho) e subprodutos de carne bovina, suína e de aves. Essas oportunidades podem ser concluídas durante o encontro bilateral dos presidentes brasileiro e chinês.
O post Brasil abre 205 novos mercados para o agronegócio e mira 300 até o final do ano; descubra quais são apareceu primeiro em Canal Rural.