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Os produtores brasileiros de café deverão colher 58,81 milhões de sacas beneficiadas na atual temporada 2024, em fase inicial de colheita. O resultado, se confirmado, representa o terceiro ano seguido de crescimento no volume total a ser colhido.
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Se comparado com o ano passado, a alta alcança 6,8%, e em relação a 2022 (55,07 milhões de sacas), ano de bienalidade positiva, porém, de baixas produtividades provocadas pelas condições climáticas adversas.
Os dados estão no 2º Levantamento da Safra 2024 de Café, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta quinta-feira (23).
Para o café arábica, principal espécie colhida no Brasil, a expectativa é de uma safra de 42,11 milhões de sacas, o que corresponde a um crescimento de 8,2% em comparação com a temporada do ano passado (38,90 milhões de sacas).
Segundo a Conab, o resultado é reflexo de aumento de área em produção e de produtividade. De acordo com o levantamento, nesta temporada verifica-se crescimento de 2,2% na área em produção e redução de 3,4% na área em formação.
O desempenho das lavouras brasileiras está estimado em 27,7 sacas por hectare, aumento de 5,9% em relação à safra de 2023. Em Minas Gerais, maior estado produtor de arábica, a safra está estimada em 29,84 milhões de sacas.
A Conab prevê uma alta na colheita do conilon de 3,3%, mesmo com uma leve redução na área. Conforme a estatal, a elevação se justifica pelas melhores condições climáticas, principalmente no Espírito Santo, maior Estado produtor da espécie, e pelo bom aporte tecnológico nas lavouras, o que reflete em melhores produtividades.
Com isso, a expectativa é que sejam colhidas no Brasil 16,71 milhões de sacas beneficiadas, a segunda maior safra da série histórica da Conab para o conilon, ante 16,17 milhões de sacas em 2023. Só o Estado capixaba deverá ser responsável pela produção de cerca de 10,81 milhões de sacas.
Outro importante Estado produtor de conilon é Rondônia. Estima-se que Rondônia deve colher uma safra 2,73 milhões de sacas em 2024, 10,2% abaixo do volume produzido em 2023. Essa redução se deve, de acordo com a Conab, sobretudo, ao cultivo menor da área devido à renovação das lavouras, visando o maior adensamento das plantas. Mesmo com a segunda maior produtividade do País, as condições climáticas não foram tão favoráveis, principalmente, em agosto e setembro de 2023, com chuvas irregulares e altas temperaturas, fator que reduziu o potencial produtivo das lavouras no Estado.
A área total destinada à cafeicultura no país em 2024, nas espécies arábica e conilon, é de 2,25 milhões de hectares, aumento de 0,5% sobre a área da safra anterior. Essa área engloba 1,9 milhão de hectares de lavouras que estão em produção, que apresentam crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior, e ainda mais 344,61 mil hectares que estão em formação, que por sua vez tiveram redução de 4,7% em comparação com o mesmo período.
O post Café: Brasil pode ter o 3º ano consecutivo de aumento de safra apareceu primeiro em Canal Rural.