No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

pensamento do dia

Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

Câmara aprova PL que amplia cotas no Executivo federal

Spread the love

A Câmara dos Deputados aprovou o PL 1953/2021, que renova e amplia de 20% para 30% de reserva de vagas para pessoas negras, indígenas e quilombolas nos concursos federais. Para assegurar a aprovação do texto, prioritário na agenda do Ministério da Gestão e da Inovação, o governo aceitou reduzir a vigência da nova legislação de 10 para cinco anos e abriu mão das comissões de autoidentificação.

Quer saber os principais fatos ligados ao serviço público? Clique aqui e se inscreva gratuitamente para receber a newsletter Por Dentro da Máquina

Conforme a newsletter Por Dentro da Máquina antecipou, a votação, que teve placar de 241 a 94, esteve ameaçada até esta terça-feira, quando os líderes deram aval para a votação em plenário. A meta do Executivo era permitir que o presidente Lula pudesse sancionar a nova lei nesta quarta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra. Porém, como o texto foi alterado e terá nova votação no Senado, isso não será possível.

“”Estamos votando um projeto crucial na luta por justiça e igualdade. Isso não é apenas uma reparação histórica, é uma estratégia concreta para combater o racismo institucional e garantir acesso justo às oportunidades no serviço público”, afirmou a relatora, deputada Carol Dartora (PT-PR).

Parlamentares de oposição, especialmente do PL e do Novo, pressionaram para adiar a votação e alterar trechos, como as comissões de autoidentificação, que acabaram suprimidas.

Atualmente, a população brasileira é formada por 56% de pretos e pardos. Porém, 37% dos vínculos do Executivo Federal são de pessoas negras. Segundo o Portal do Servidor, em 2023,  41,2% dos cargos de liderança no Executivo federal eram ocupados por mulheres, das quais 30% eram pardas e apenas 6% autodeclaradas pretas.

Em cargos como o de diplomata esse percentual de pessoas negras é de 15%. Na Procuradoria da Fazenda Nacional, são 18%.

Entenda o projeto

De acordo com a proposta, a ampliação de 20% para 30% da reserva de vagas passe a incluir, dentro do mesmo percentual, indígenas e quilombolas. Neste caso, o regulamento vai dispor sobre as vagas para esses dois públicos.

Além da ampliação de 20% para 30% da reserva de vagas e da inclusão de indígenas e quilombolas, o PL estabelece a polícia afirmativa nos processos seletivos simplificados. A negociação do Senado, que aprovou o texto em maio, suprimiu a transferência de vagas não preenchidas para certames futuros e metas de representatividade.

O PL ainda estabelece mecanismos para coibir as recorrentes burlas à ação afirmativa verificadas ao longo de dez anos de vigência da atual legislação, em especial nas universidades federais, com o fracionamento de vagas.

O texto previa também parâmetros mínimos para o funcionamento das comissões criadas para confirmar a autodeclaração como negro, pardo, indígena ou quilombola, com a padronização de regras em todo o país. Mas esse trecho foi suprimido. Agora, o governo terá que se valer de outros mecanismos para confirmar a autodeclaração dos candidatos.

Como está a legislação hoje

A atual lei de cotas no serviço público, que prevê reserva de 20% das vagas, perderia validade em 10 de junho deste ano. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a ampliação da vigência da legislação até que fosse concluído o processo legislativo no Congresso sobre a nova norma, aprovada nesta quarta-feira.

Na ocasião, o STF fixou que “fica afastada a interpretação que extinga abruptamente as cotas raciais previstas na Lei 12.990/2014” até que exista uma nova norma, quando “prevalecerá a nova deliberação do Poder Legislativo, sendo reavaliado o conteúdo da presente decisão cautelar”.

Após a decisão do STF, a tramitação do PL de cotas hibernou por dois meses na Casa, até que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinasse o rito de tramitação, encerrada nesta terça-feira.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *