No mundo atual, a percepção das dificuldades não pode mais se dissociar do remanejamento dos quadros funcionais.
Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades possibilita uma melhor visão global dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

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Assim mesmo, a complexidade dos estudos efetuados ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos métodos utilizados na avaliação de resultados.

CCJ do Senado aprova nova Lei de Cotas no serviço público

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A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou, por 16 votos a 10, a proposta que renova por 10 anos e introduz mudanças à Lei de Cotas no serviço público. A matéria é terminativa na CCJ no Senado e ainda deverá passar por votação em 2º turno.

O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), fez uma série de concessões em seu parecer para aprovar a proposta. A atual legislação sobre cotas no serviço público, a Lei 12.990, de 2014, perde validade no dia 9 de junho.

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Como o senador Humberto Costa apresentou um texto substitutivo, será necessária a realização de um segundo turno de votação, quando os parlamentares poderão apresentar novas sugestões de emendas à proposta.

No acordo para aprovar o texto, Humberto Costa reduziu de 25 anos para 10 anos o prazo de validade da nova lei. A negociação do Senado também suprimiu a transferência de vagas não preenchidas para certames futuros e metas de representatividade.

A ampliação de 20% para 30% da reserva de vagas para pessoas negras passa a incluir, dentro do mesmo percentual, a reserva de vagas para indígenas e quilombolas. O regulamento vai dispor sobre as vagas para indígenas e quilombolas.

Além de ampliar o percentual de vagas para a ação afirmativa, o PL ainda estabelece mecanismos para coibir as recorrentes burlas à ação afirmativa verificadas ao longo de dez anos de vigência da atual legislação, em especial nas universidades federais, com o fracionamento de vagas.

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Para o governo, a aprovação da matéria é considerada prioritária no contexto da execução do 1º Concurso Nacional Unificado (CNU), marcado para o próximo dia 5 de maio.

O objetivo é evitar que a nova lei entre em vigor depois de 9 de junho, o que abriria caminho para a judicialização da posse dos novos servidores, na avaliação do senador Humberto Costa.

“Teremos problemas de judicialização na posse das pessoas (se a lei não for aprovada até o dia 9 de junho). O concurso vai ocorrer na vigência da atual lei. A tomada de posse vai acontecer a posteriori. Por isso, peço um gesto de boa vontade com o país e com essas pessoas”, afirmou o senador.

Em entrevista ao JOTA, o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público, Carlos Ari Sundfeld, explicou que um eventual atraso na votação provocaria o que ele considera um problema “intertemporal e transitório”.

“Vai gerar um problema que nós chamaríamos de forma complicada de direito intertemporal, de saber se o fim da vigência da lei afeta a nomeação para os cargos cujos concursos já se iniciaram e que talvez possa ser resolvido com o reconhecimento de que as regras sobre as quais foi aberto o concurso têm que ser observadas para que as nomeações tenham resultado. Então, isso é um problema mais intertemporal e transitório”, explica Sundfeld, que também é professor titular da FGV Direito SP.

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