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Um dos focos de atenção do mercado financeiro e do Banco Central no governo Lula, o BNDES tem seguido uma estratégia de retomada gradual do seu tamanho histórico em termos de desembolsos. Os dados divulgados no início da semana mostram que esse indicador está na casa de 1,1% do PIB, apenas 0,1 ponto porcentual do PIB acima do valor fechado de 2022. Com isso, as indicações são de que a expectativa de levar o banco a 2% do PIB em desembolsos deve levar mais tempo do que se esperava.
Ao JOTA, o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do banco, Nelson Barbosa, destacou que as aprovações estão em ritmo melhor e já encostaram na marca de 2% do PIB. Elas estão subindo a um ritmo de 0,3 ponto porcentual ao ano desde o início do governo. Mas ele reconhece que o cenário atual aponta para se chegar em 2026 com um nível de desembolsos de 1,5% do PIB, com maior probabilidade de o alvo de 2% ser alcançado dois anos depois, em 2028.
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“As aprovações desse ano já estão em 1,9% do PIB. Essas aprovações se transformam em desembolso ao longo do tempo, porque a gente tem um prazo médio da operação do BNDES, é longo e uma operação é desembolsada ao longo de quatro anos”, disse Barbosa. “No ano que vem a gente já deve ter aprovações na casa de 2% do PIB, mas o desembolso vai crescer mais gradualmente. Então, provavelmente, a gente deve chegar a 1,5% do PIB em 2026”, completou o diretor.
Ele explica que a velocidade de expansão dos desembolsos menor do que se esperava no início do governo reflete em grande medida a situação dos juros.
“Quando a gente fez a projeção, a expectativa era de uma queda de juros, e não houve queda de juros no mundo. Na verdade, teve todo aquele problema no meio do ano, e no Brasil o juro está subindo. Nosso principal fonte de recurso é o FAT, através da taxa de 5 anos do Tesouro, que está alta. Então, isso, na verdade, diminuiu o crescimento. [A demanda] está crescendo, mas menos do que a gente esperava, porque o juro está alto”, salientou.
Barbosa lembra que, hoje, quase 80% dos empréstimos dos bancos são a taxa de mercado (a média da NTN-B de cinco anos). A Taxa de Longo Prazo (TLP), nesse ano, sempre operou acima de 5,4% além da inflação, nível alto para os padrões históricos desse instrumento, e, nos últimos cinco meses, se consolidou com juro real superior a 6% e bateu um novo recorde: 6,43% ao ano, mais IPCA.
Nesse contexto, o diretor, que já foi ministro da Fazenda e do Planejamento, aproveita para rebater as preocupações de que a atuação do BNDES poderia prejudicar a atuação da política monetária do BC no combate à inflação. “A prova de que o BNDES não afeta a potência da política monetária, mas é afetado pela política monetária, é a redução da previsão de desembolso devido à elevação da taxa de juro longa. A TLP segue a NTN-B de 5 anos, que por sua vez segue as expectativas de evolução da Selic”, salientou.
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Segundo ele, é possível que o ritmo de liberação de recursos de empréstimos venha a ficar um pouco mais forte do que os dados indicam, direcionando o tamanho dos desembolsos para mais próximo do previsto originalmente.
Mas isso, explica, dependerá de uma série de fatores, como o cenário de emissão de LCDs, o novo título criado com isenção de Imposto de Renda para facilitar a captação de recursos do banco, a estratégia do governo para os aportes no Fundo Clima e do Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS) e o volume de repasse de dividendos ao Tesouro, que esse ano foi bem forte para ajudar no esforço fiscal.
A LCD, segundo Barbosa, poderá ter emissão no fim desse mês ou em dezembro. Do ponto de vista burocrático, isso só depende de uma última autorização que o BC precisa emitir para a B3 ser a custodiante do novo título.
No caso dos dividendos, Barbosa repete o discurso do presidente do Banco, Aloizio Mercadante, reforçando o pleito para que nos próximos anos a instituição faça repasses mais alinhados ao padrão dos outros bancos federais, entre 40% e 45% do lucro. Hoje, o banco tem trabalhado na média com 60% do lucro sendo repassado ao Tesouro.
Seja como for, os dados da instituição até o momento evidenciam que o processo de retomada do banco estatal, promessa de campanha de Lula, tem sido de fato gradualista, distante dos piores temores dos analistas do mercado financeiro e do BC. E a tendência é de que, mesmo intensificando a liberação de recursos como está previsto a partir das declarações de Barbosa ao JOTA e de Mercadante na divulgação do balanço do banco, não deverá haver repetição dos exageros de um passado não muito distante.