Chicago recua em dia de USDA, mas semana segue positiva

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Foto: divulgação

Os contratos futuros de soja recuaram nas negociações da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira (8), após uma sessão de realização de lucros. A queda ocorre após o mercado ter atingido o maior patamar em quase um mês na sessão anterior, impulsionado pela recuperação nos preços do óleo vegetal. Mesmo com o recuo no dia, a semana segue positiva, com ganhos acumulados.

Até o momento, os contratos com vencimento em janeiro de 2025 apresentam um ganho semanal de 2,7%. O movimento de realização de lucros foi esperado, já que os preços atingiram um pico recente, reflexo de uma recuperação significativa dos preços do óleo vegetal, que, por sua vez, tem sido impulsionada por uma menor produção de óleo de palma na Malásia e uma alta demanda por biodiesel nos Estados Unidos.

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Relatório do USDA

A expectativa do mercado está voltada para a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será publicado nesta sexta-feira, às 14h (horário de Brasília). O relatório pode trazer novas estimativas para a safra de soja e os estoques finais para o ciclo 2024/25.

Analistas projetam uma redução nos estoques finais dos Estados Unidos de soja, com a previsão de 535 milhões de bushels para o ciclo 2024/25, ante os 550 milhões de bushels estimados pelo USDA em outubro. Além disso, a produção também pode ser revista para baixo, com a estimativa de safra caindo de 4,582 bilhões de bushels para 4,553 bilhões de bushels, devido a desempenho abaixo do esperado das lavouras americanas.

Em nível global, a expectativa é que os estoques finais de soja para o ciclo 2024/25 fiquem em 134 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 134,7 milhões de toneladas projetados em outubro. Para o ciclo 2023/24, os estoques globais devem totalizar 112,3 milhões de toneladas, um pequeno ajuste para baixo em relação aos 112,4 milhões previstos anteriormente.

Mercado do grão

Ontem (7), a soja teve forte alta, impulsionada pelos ganhos expressivos do óleo vegetal, que subiu mais de 4% em razão de uma série de fatores. A menor produção de óleo de palma na Malásia, junto ao aumento da demanda por biodiesel na Indonésia e a expectativa de tarifas adicionais sobre o óleo proveniente da China, contribuíram para a valorização do óleo vegetal. Esse movimento acabou por beneficiar o preço da soja, já que a oleaginosa tem forte correlação com o óleo vegetal no mercado global.

A alta do óleo também foi motivada pela expectativa de que a vitória de Donald Trump na eleição presidencial possa resultar em tarifas adicionais sobre o óleo de soja importado da China, o que favoreceria a demanda interna dos Estados Unidos para a produção de biodiesel.

Contratos futuros da soja

Na sessão desta sexta-feira, os contratos de soja com vencimento em janeiro de 2025 eram cotados a US$ 10,20 1/4 por bushel, com uma queda de 6 centavos de dólar (ou 0,58%) em relação ao fechamento anterior.

Apesar da queda no dia, os contratos com vencimento em janeiro ainda acumulam um ganho de 2,7% na semana. Em contraste, na sessão de ontem, a soja teve uma alta significativa, com o contrato de janeiro a US$ 10,26 1/4 por bushel, um avanço de 22,50 centavos de dólar (ou 2,24%). A posição para março de 2025 também registrou ganho de 22,75 centavos, fechando a US$ 10,37 1/2 por bushel.

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