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A embaixada da China em Washington reagiu à ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas.
O porta-voz Liu Pengyu enfatizou que uma guerra comercial não traria vencedores e destacou o caráter mutuamente benéfico das relações econômicas entre os dois países.
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A declaração surge após Trump afirmar que as tarifas serão aplicadas caso a China não tome medidas mais rígidas para interromper o fluxo de drogas ilegais, como o fentanil, para os Estados Unidos.
Liu refutou a acusação de negligência por parte da China no combate ao tráfico de precursores do fentanil, argumentando que o país já tomou ações concretas após acordos entre os presidentes Xi Jinping e Joe Biden. Ele destacou que autoridades chinesas têm informado regularmente os EUA sobre os avanços em operações relacionadas à repressão de narcóticos.
Pequim também argumenta que tais ações demonstram seu compromisso em conter o problema, desmentindo alegações de conivência.
A crise do fentanil, uma das principais causas de mortes por overdose nos EUA, foi um ponto central na relação bilateral. A cooperação sino-americana nesse tema tem avançado desde que os dois países decidiram retomar esforços conjuntos no ano anterior. Entre as iniciativas, destacam-se investigações conjuntas e o fortalecimento do controle sobre o comércio de produtos químicos utilizados na produção da droga.
Nos últimos meses, a China intensificou ações contra o tráfico de drogas. Em junho, promotores chineses pediram que as autoridades locais priorizassem o combate ao narcotráfico.
Em agosto, após reuniões bilaterais sobre narcóticos, o país anunciou o endurecimento no controle de três substâncias químicas essenciais para a fabricação do fentanil. Essas medidas são parte de um esforço mais amplo para atender às exigências americanas de maior rigor na fiscalização e repressão ao tráfico.
Embora Pequim tenha implementado novas regulamentações e intensificado a cooperação com os EUA, permanece a tensão causada pela retórica de Trump, que acusa a China de não agir com a devida seriedade no combate ao problema.
No entanto, líderes chineses defendem que o progresso na relação comercial e no controle de drogas deve ser baseado em respeito e benefício mútuos, evitando discursos que prejudiquem as negociações.
Essa abordagem mais firme dos EUA pode agravar as tensões comerciais e econômicas com a China, especialmente considerando o momento delicado para a economia chinesa, marcada por desafios no setor imobiliário e queda na demanda interna.
Apesar disso, a China reafirma sua disposição para cooperação, buscando preservar a estabilidade econômica global e minimizar os impactos de disputas tarifárias e diplomáticas.
O post China: ‘Ninguém ganhará guerra comercial’ depois de ameaça de tarifas de Trump apareceu primeiro em Canal Rural.