Ciasc sob suspeita: a queda do presidente Moisés Diersmann

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Diersmann pediu para deixar o cargo – Imagem: Divulgação/Secom

O pedido de Moisés Diersmann para deixar a presidência do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (CIASC) demorou a ocorrer. Desde a matéria do jornal O Globo (sim, aqui nós damos o crédito), ampliada pelo SCemPauta, que também tornou público outros processos de contratação sem licitação, a situação de Diersmann foi se tornando delicada.

Homem de confiança do governador Jorginho Mello (PL), o ex-prefeito de Luzerna coordenou a equipe de transição de governo. Depois, foi alçado à condição de Secretário de Estado da Administração e, surpreendentemente, caiu para a presidência do Ciasc. Moisés Diersmann era considerado no Centro Administrativo como um dos homens que gozavam da total confiança de Jorginho.

Diersmann entendeu que sua permanência no cargo poderia prejudicar o governo. Acontece que o que já tinha para ser contaminado, já foi, pois os processos de contratação via Ciasc já chegaram a outros setores do governo, visto que envolvem secretarias de Estado. Além disso, tem o fato já citado de que ele era um dos nomes de confiança do governador.

O fato é que a relação de Diersmann com a empresa Prix Tech, sediada no município onde foi prefeito por dois mandatos, e que foi contratada por duas vezes sem licitação, deixou o agora ex-presidente sem argumentos para explicar a coincidência de a empresa ter sido a única concorrente em um dos processos de contratação do Ciasc que renderia, ao longo de cinco anos, R$ 200 milhões.

Fontes disseram que há o temor de que mais processos de contratação sem licitação do governo apareçam e que isso leve a mais desgaste. “Se houver mais esqueletos no armário, o desgaste será ainda maior”, comentou uma das fontes.

O fato é que há uma grande expectativa em torno dos procedimentos abertos pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público. Ao contrário do que diz o governo e o próprio Moisés Diersmann, que levou documentos aos dois órgãos assim que as denúncias começaram a surgir, trata-se de procedimentos normais, que não têm nada a ver com o pedido do governo, já que ambos não são órgãos consultivos para processos de contratação em andamento.

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