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O PDT enfrenta mais uma crise interna após o racha que marcou a participação da legenda no 2º turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza: de um lado, um grupo liderado pelo ex-prefeito Roberto Cláudio que abraçou a candidatura de André Fernandes, do PL. Do outro lado, o presidente nacional da legenda, deputado federal André Figueiredo, que se reaproximou do Ministro da Educação, Camilo Santana, e desembarcou no palanque vitorioso de Evandro Leitão, do PT.
Encerrada a eleição, Figueiredo passou a trabalhar para que os vereadores do PDT ligados a Roberto Cláudio permaneçam no partido e integrem, a partir de primeiro de janeiro de 2025, a base de apoio à administração Evandro Leitão. Com esses movimentos, o ex-prefeito Roberto Cláudio, assim como o ex-presidenciável Ciro Gomes, não encontra mais ambiente para permanecer no PDT.
O repórter Carlos Silva destaca, no Jornal Alerta Geral, as mudanças partidárias como desdobramentos das eleições municipais de 2024 no Ceará. O jornalista Beto Almeida analisa as articulações de bastidores voltadas às eleições de 2026. Sem pressa para definir para qual sigla irá se transferir, Roberto tem portas abertas no PSDB, Cidadania e, por exemplo, PP. Outras alternativas estão em estudo.
LIDERAR OPOSIÇÃO E GOVERNO DO ESTADO EM 2026
Roberto quer liderar uma das alas de oposição ao Governo Elmano e, com as articulações para o PDT se reaproximar do PT, o ex-prefeito de Fortaleza já trabalha com a certeza de que, em 2025, terá um novo rumo partidário.
O ex-candidato Capitão Wagner, que lidera uma ala oposicionista ao Palácio da Abolição, já convidou Roberto Cláudio para fazer parte dos quadros do União Brasil. Outro convite partiu do Cidadania, enquanto o ainda pedetista flerta com o PSDB. Convites não faltam, mas Roberto quer escolher uma nova sigla que o permita mais longevidade partidária.
TRAJETÓRIA DE 18 ANOS E QUATRO PARTIDOS
Roberto conquistou o primeiro mandato de deputado estadual pelo PHS, em 2006, foi reeleito, em 2010, pelo PSB, sendo, em 2012, eleito prefeito de Fortaleza, depois se transferiu para o PROS e, em 2012, foi reeleito prefeito pelo PDT, sigla na qual se mantém até os dias atuais. Seja qual for a opção partidária, Roberto terá, ao deixar o PDT, o quinto partido em sua carreira política de 18 anos.