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O que vem primeiro: o ovo ou a galinha? A pergunta pode soar estranha, mas é bem possível fazermos essa analogia quando estamos falando da relação entre o jurídico e outras áreas da empresa.
Explico: para que o jurídico seja convidado a sentar à mesa de discussão desde o início, as áreas de negócio devem ver o jurídico como um parceiro que seja parte do negócio, realmente agregando valor à discussão e, além disso, que ajude na busca por soluções para eventuais problemas que surjam. Por outro lado, como o jurídico poderá mostrar que consegue agregar valor se não é convidado a sentar à mesa? Portanto, o que vem primeiro: o ovo ou a galinha?
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Os jurídicos vêm enfrentando uma transformação inevitável. Antes vistos como áreas exclusivamente técnicas, responsáveis por interpretar leis, avaliar riscos e, muitas vezes, criar empecilhos, já são pressionados a se posicionarem como verdadeiros parceiros estratégicos do negócio. Agora, talvez seja o momento de o jurídico ir além, passando a ser visto como uma parte efetiva do negócio, e não como algo apartado ou “anexo”.
Afinal, o principal risco que temos em uma empresa é o não atingimento do plano de negócio e, no fim das contas, todos são responsáveis por isso. Sem negócio, não há empresa, e sem empresa, não há jurídico. Com isso em mente, podemos nos perguntar: quanto do nosso tempo passamos vendendo?
Obviamente, o atingimento de planos de negócio deve ser feito de maneira sustentável, e é justamente aí que o jurídico tem um papel fundamental, que é o de ser um viabilizador do negócio e, sem dúvida, falando a língua do próprio negócio (e não o famoso – e indesejado – “juridiquês”).
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Contudo, isso passa por algo fundamental, que é o alinhamento de estratégias e objetivos entre o jurídico e o negócio. Acontece que o processo de definição de metas do jurídico por muitas vezes se mostra desconectado dos objetivos empresariais, criando barreiras que podem impactar negativamente até mesmo a capacidade da empresa de crescer e inovar.
Portanto, o papel do jurídico precisa ser ressignificado: não apenas proteger a empresa de riscos, mas viabilizar o alcance dos objetivos de maneira estratégica e sustentável. Por isso, precisamos estar sentados à mesa desde o princípio.
Gestores que adotarem essa abordagem provavelmente estarão melhor preparados para enfrentar os desafios e transformar suas áreas em verdadeiras áreas de negócio (e não apenas “parceiros”). Vamos além: isso pode acabar expandindo as áreas sob o guarda-chuva desse gestor e, quem sabe, até mesmo acabar assumindo áreas que não possuem uma correlação óbvia. Afinal, são poucos os gestores jurídicos que acabam virando CEOs, não é mesmo?
Metas do jurídico: desconexão que pode limitar o crescimento
Tradicionalmente, os jurídicos definem metas focadas em aspectos internos, como redução de custos com litígios, redução de SLAs de contratos ou cumprimento de prazos regulatórios. Embora importantes, precisamos avaliar se são efetivamente relevantes para a empresa, sempre considerando as prioridades estratégicas do negócio, como, por exemplo, expansão de mercado, inovação, redução de despesas e aumento de receitas.
Imagine uma empresa que deseja lançar rapidamente um novo produto no mercado, mas encontra resistência no jurídico, que prioriza processos lentos e conservadores para reduzir riscos (muitos deles altamente improváveis). Nesse contexto, não apenas as metas estão desalinhadas, mas também a percepção que cada área tem de prioridade para a companhia.
Alinhamento estratégico: uma necessidade
Para romper com esse modelo, os objetivos do jurídico devem estar diretamente ligados aos objetivos empresariais. Isso significa traduzir as metas corporativas em iniciativas jurídicas concretas.
Por exemplo, se a empresa tem como meta aumentar sua participação em uma linha de negócio específica, o jurídico pode estabelecer como meta simplificar toda a documentação utilizada por aquela linha de negócio, inclusive (e principalmente) os contratos, reduzindo o tempo médio de negociações, o que, por consequência, faz com que possíveis vendas se iniciem antes, trazendo faturamento para a companhia.
Além disso, falar a linguagem do negócio é fundamental. Quando o jurídico comunica suas metas e resultados em termos que as lideranças entendem e valorizam, como impacto na receita ou economia de recursos, ele reforça sua posição como parceiro estratégico. É necessário olhar para essas metas e diferenciar o que é importante do que é relevante para o negócio, buscando entender o impacto estratégico para a empresa, especialmente o financeiro.
Benefícios para a empresa: mais negócios, menos burocracia
Alinhar as metas do jurídico aos objetivos corporativos traz ganhos para a organização como um todo. Destaco alguns:
- Gestão de riscos estratégica: com metas alinhadas, o jurídico pode priorizar os riscos que realmente impactam os objetivos da empresa, evitando excessos de conservadorismo (que, muitas vezes, pode atrapalhar a inovação);
- Viabilização de negócios com agilidade: processos jurídicos menos burocráticos aceleram negociações, lançamentos de produtos e parcerias estratégicas, aumentando a competitividade da empresa.
- Maior coerência organizacional: quando o jurídico consegue traduzir os objetivos da companhia, especialmente os financeiros, para suas próprias metas, todos acabam caminhando para a mesma direção.
Como mencionado, “o maior risco que temos em uma empresa é não atingir o plano de negócio.” Com o jurídico atuando como um facilitador estratégico, esse risco pode ser minimizado, promovendo um crescimento sustentável.
E quais são os benefícios para o jurídico? Relevância e visibilidade
Além dos ganhos para a empresa, o próprio jurídico é beneficiado. Alinhar metas significa ganhar relevância dentro das discussões estratégicas, saindo do papel de suporte técnico para o de parceiro confiável, que ajudará a empresa a atingir seus objetivos.
Um jurídico alinhado aos objetivos empresariais é mais consultado em decisões-chave, passando a ter maior influência nas decisões de negócio. Isso fará com que a área passe a ter maior visibilidade, conquistando reconhecimento não apenas por sua expertise técnica, mas também por seu impacto efetivo nos resultados da empresa, inclusive os financeiros.
Ok, mas como fazer isso?
A transição para um jurídico mais alinhado e estratégico exige mudanças práticas, como, por exemplo:
- Participar ativamente da definição de metas corporativas: a gestão do jurídico deve garantir sua cadeira nas reuniões de planejamento estratégico da empresa. Essa participação permite compreender as prioridades do negócio e adaptar metas jurídicas de forma proativa;
- Traduzir objetivos empresariais em metas jurídicas específicas: compreendendo as metas da empresa, é necessário traduzi-las para o contexto jurídico. Isso, muitas vezes, não é óbvio e pode ser trabalhoso, mas é, sem dúvida, necessário; e
- Implementar KPIs que mostrem o impacto no negócio: criar KPIs que demonstrem o impacto do Jurídico nos resultados da empresa, especialmente financeiros. Por exemplo: medir o quanto a empresa conseguiu antecipar de receita pela redução no tempo de negociações contratuais, a economia gerada por acordos judiciais ou o quanto a retroalimentação do contencioso ao negócio impactou na redução de novas demandas e, por consequência, em contingências.
Conclusão
Alinhar as metas do jurídico aos objetivos do negócio muitas vezes não é tão óbvio, mas é uma mudança necessária. Esse alinhamento não apenas fortalece a empresa como um todo, mas também reposiciona o jurídico como parte efetiva do negócio, um parceiro estratégico essencial.
Com uma gestão de riscos mais inteligente, processos menos burocráticos e maior relevância nas discussões corporativas, o jurídico tem tudo para se tornar uma área que impacte positivamente a empresa, ajudando a gerar resultado financeiro e contribuindo diretamente para o negócio.