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Pesquisa realizada pela Fiocruz Brasília mostra que o consumo de ultraprocessados gera para o Brasil um gasto de aproximadamente R$ 10,4 bilhões anuais. Conduzido pelo pesquisador Eduardo Nilson, o trabalho considerou os gastos no Sistema Único de Saúde para tratamento de três doenças que estão associadas ao consumo do produto, além de despesas na área previdenciária, como aposentadoria precoce e licença médica. Também foram contabilizadas as perdas econômicas por morte e doenças atribuíveis à ingestão dos ultraprocessados. “Esta é apenas a ponta do iceberg”, afirmou ao JOTA o pesquisador.
Nilson conta, por exemplo, haver evidências de que o consumo de ultraprocessados pode ser associado ao aumento de risco para 32 doenças. Neste trabalho, realizado a pedido da organização ACT Promoção da Saúde, foram considerados gastos relacionados a três: hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade.
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Além disso, a pesquisa somente quantificou gastos do SUS na esfera federal. Dados de estados e municípios não foram contabilizados. O pesquisador destaca ainda que para fazer o trabalho foram considerados somente dados da população adulta.
Para a coordenadora de Inovação e Estratégia da ACT Promoção da Saúde, Marília Albieiro, os números são essenciais, sobretudo neste momento em que o país discute a reforma tributária. Medidas para desestimular o consumo, avalia, são urgentes. “Incluindo os ultraprocessados no Imposto Seletivo e zerando as alíquotas de alimentos in natura, podemos prevenir doenças, salvar vidas, reduzir custos do Sistema Único de Saúde”, disse a coordenadora.
A pesquisa foi feita a partir da reunião e análise de dados, como a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, que traz, por exemplo, informações sobre o consumo. O conceito adotado pelo estudo para produtos ultraprocessados foi o mesmo que o que é considerado pela POF. Com base nestes números, foram aplicadas regras de modelagem relacionadas ao risco relativo. “Escolhemos analisar dados de três doenças porque são as que apresentam dados mais robustos na literatura”, explicou o pesquisador.O trabalho observou também algumas variáveis. “Quanto maior o consumo, maior o risco. O modelo utilizado levou em consideração as variações, com diferenças entre sexo e idade.”
Nilson cita alguns dados gerais. Para cada aumento de 10% no consumo de ultraprocessados, aumenta em 7% o risco de obesidade e em 12% o de diabetes tipo 2. “As evidências científicas, a reunião de várias pesquisas mostra não haver índices de consumo seguro de ultraprocessados. Risco zero é consumo zero”, afirma o pesquisador. Ainda de acordo com Nilson, é possível afirmar que 25% dos gastos do SUS com tratamentos de pessoas com diabetes está relacionado ao consumo de produtos ultraprocessados. Os custos previdenciários e por absenteísmo, por sua vez, são de, no mínimo, R$ 263 milhões por ano.
Dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares, feita entre 2017 e 2018, indicam que 19,7% de todas as calorias ingeridas pelo brasileiro vêm do consumo de alimentos ultraprocessados.
Para Eduardo Nilson, os dados dessa pesquisa, junto com os de estudos anteriores, mostram a urgência da adoção de políticas públicas para a redução do consumo. Além da tributação, ele cita a rotulagem nutricional e a regulação da propaganda desses produtos.