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Em evento paralelo às reuniões GT Anticorrupção do G20, em Natal, especialistas, líderes globais e representantes da sociedade civil insistiram na relevância de se combater os ilícitos financeiros para garantir a sustentabilidade ambiental. É considerada direta a relação entre corrupção e crimes ambientais, como o desmatamento ilegal, mineração ilegal e tráfico de animais silvestres.
A ONG Transparência Internacional mostrou dados para a presença de corrupção em práticas que contribuem para a degradação ambiental, no Brasil e no mundo. Para isso, mapeou 24 tipos de práticas ilícitas que viabilizam o tráfico de fauna silvestre e 21 formas de fraude relacionadas à grilagem de terras, em que fica evidente a conexão intrínseca entre corrupção e crimes ambientais.
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Este é tema que vem ganhando fôlego nesta edição brasileira do G20, onde o tema foi introduzido pela primeira vez. Fechar a sangria de recursos é considerado fonte importante para o financiamento dos desafios globais. A chamada corrupção verde tornou-se grande fonte de preocupação de governos e organismos internacionais dado o volume de dinheiro a ser destinado a projetos. E isso foi colocado em evidência pelo grupo de trabalho que tratou de integridade e compliance dentro do B20, o grupo de engajamento do setor privado, como contou em entrevista ao JOTA a sua chair Claudia Sender.
Durante o evento em Natal, os especialistas presentes afirmaram que, para que as políticas sejam eficazes, é importante que estejam protegidas de possíveis desvios e má administração de recursos, assegurando que as ações governamentais cheguem efetivamente à população, especialmente em situações de emergência, como desastres naturais e eventos climáticos extremos.
Juntos, os países do G20 são responsáveis por cerca de 80% das emissões globais de gases de efeito estufa.
O evento teve especialistas de diferentes países. Foram dois painéis centrais: “Promovendo a Integridade para Justiça Social” e “Enfrentando a Corrupção para a Sustentabilidade Ambiental”, moderado por Marcelo Pontes, secretário de Integridade Privada da Controladoria-Geral da União (CGU), discutiu como o combate à corrupção pode auxiliar na preservação ambiental e no enfrentamento de desafios como o aquecimento global.