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De acordo com a pesquisa anual da Câmara de Comércio Americana na China (AmCham China), as tensões entre EUA e China são vistas como o principal obstáculo para ampliação de operações corporativas no país asiático. Mais de dois terços das empresas adotam estratégias para mitigar riscos, como fortalecer a cadeia de suprimentos (36%) e separar dados entre operações na China e no exterior (25%).
A ênfase nas políticas protecionistas do governo dos Estados Unidos, incluindo o possível aumento de tarifas sobre produtos chineses, restrições tecnológicas e ameaças de novas sanções, leva empresas a buscar novos mercados.
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A recente implementação de novas tarifas pelos EUA sobre produtos do Canadá, México e China a partir de 1º de fevereiro, com taxas de 25% e 10% respectivamente, destaca essa abordagem, visto que são parte de uma estratégia mais ampla para lidar com déficits comerciais e questões de fronteira, como a imigração ilegal e o tráfico de fentanil.
Enquanto o governo norte-americano adota uma postura mais isolacionista, tecnologias emergentes estão remodelando esse cenário e intensificando a competência entre as duas potências econômicas. O caso recente da DeepSeek ilustra essa dinâmica em ação.
Em 26 de janeiro, a empresa chinesa de inteligência artificial lançou um modelo de linguagem capaz de competir com os gigantes da IA dos EUA, mas por uma fração do custo, atingindo rapidamente o topo do ranking de aplicativos. Como consequência, as ações de empresas americanas como Nvidia, Broadcom e Alphabet (controladora do Google) sofreram quedas significativas, atingindo seus menores índices desde setembro de 2020.
Para especialistas em tecnologia, esse feito é particularmente impressionante, dado o controle rigoroso do governo dos EUA sobre o acesso da China a chips avançados de IA. Na prática, a DeepSeek demonstrou que é possível desenvolver tecnologias de ponta mesmo sob restrições severas. Outras empresas chinesas seguem essa tendência e contornam sanções, como a Huawei, no setor de telecomunIcações, e a Build Your Dreams (BYD), fabricante de veículos elétricos.
Esse cenário pode levar a ajustes estratégicos na política econômica e comercial dos EUA, forçando o país a intensificar seus esforços em inovação para manter sua liderança global. Ao mesmo tempo, revela as limitações das estratégias de sanções tecnológicas. Nesse contexto, países como o Brasil têm uma oportunidade única de atrair investimentos, desde que demonstrem um compromisso sério com a proteção da propriedade intelectual.
O Brasil como ator estratégico
Diante das tensões comerciais entre EUA e China, o Brasil se posiciona como um potencial ator estratégico, especialmente no avanço das tecnologias emergentes. A crescente relevância do Brasil no cenário global, somada ao seu status como um dos principais destinos de investimentos estrangeiros e seu robusto comércio com os EUA, coloca o país em uma posição privilegiada para capitalizar as transformações impulsionadas pela inovação tecnológica.
O setor de tecnologia, particularmente em inteligência artificial, patentes e inovações disruptivas, tem se destacado nas relações comerciais internacionais. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o fluxo comercial entre Brasil e Estados Unidos atingiu cerca de US$ 81 bilhões em 2024. As exportações brasileiras para os EUA alcançaram um recorde de US$ 40,33 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 40,58 bilhões, refletindo um equilíbrio quase perfeito entre os fluxos comerciais.
Empresas americanas têm no mercado brasileiro um parceiro essencial. As importações brasileiras são majoritariamente compostas por produtos industrializados, como turborreatores, fertilizantes, produtos químicos e aeronaves. Por seu turno, o setor agrícola brasileiro é um dos mais importantes do mundo – em 2022, o Brasil foi o quarto maior produtor de grãos do mundo e o segundo maior exportador.
Os investimentos dos EUA no Brasil também são significativos. Em 2023, os setores que mais receberam capital americano foram software (US$ 10,2 bilhões), fabricação de veículos (US$ 7,0 bilhões), armazenagem e transporte (US$ 4,3 bilhões), máquinas e equipamentos (US$ 3,1 bilhões) e energia elétrica (US$ 2,1 bilhões). Esses investimentos não apenas fortalecem a presença americana no Brasil, mas também impulsionam a modernização de vários setores, gerando empregos e crescimento econômico.
No campo da propriedade intelectual, os indicadores revelam o papel importante do Brasil no cenário global. Em 2023, depositantes residentes nos Estados Unidos realizaram 7,7 mil depósitos de pedido de patente no Brasil, liderando entre os países estrangeiros, e 4,9 mil depósitos de pedidos de registro de marcas, reafirmando o interesse em proteger inovações no mercado brasileiro.
Da mesma forma, cresce o número de empresas brasileiras que buscam proteção a nível global para as suas inovações. A título exemplificativo, cite-se o caso recente da Tidalwatt, empresa brasileira que desenvolve tecnologias inovadoras para a geração de energia a partir das correntes oceânicas.
Em 17/12/2024, o escritório de marcas e patentes norte-americano (USPTO) concedeu a patente US 12,186,969, que cobre uma turbina subaquática projetada para capturar de forma eficiente a energia das correntes marítimas. A inovação da Tidalwatt representa uma alternativa sustentável ao uso de combustíveis fósseis, oferecendo uma solução viável para regiões onde a logística de transporte de energia tradicional é cara e ambientalmente prejudicial.
Perspectivas futuras
Os dados mostram que a relação entre Estados Unidos e Brasil é mutuamente benéfica. Embora a economia brasileira apresente uma dependência mais acentuada dos EUA, a presença de empresas americanas no Brasil e o alto volume de transações bilaterais evidenciam que os Estados Unidos também colhem benefícios significativos desse relacionamento.
A diversificação da matriz econômica brasileira é um dos principais fatores que tornam o país um destino atrativo para investimentos estrangeiros. Nos últimos anos, o Brasil tem ampliado a produção e exportação de produtos de maior valor agregado, além de implementar políticas fiscais e monetárias voltadas à estabilidade macroeconômica, reforçando a confiança do mercado internacional.
O caso da DeepSeek demonstra como a inovação tecnológica pode desafiar barreiras e restrições, destacando a importância de um ambiente propício para o desenvolvimento de tecnologias emergentes.
Nesse contexto, o Brasil tem a oportunidade de se posicionar como um ator estratégico, atraindo investimentos e fortalecendo suas relações comerciais com os Estados Unidos. Ao promover a proteção da propriedade intelectual e incentivar a inovação, o Brasil pode não apenas beneficiar sua própria economia, mas também contribuir para um cenário global mais equilibrado e competitivo.